Patrimônio gastronômico, mobilidade turística e distinção
DOI:
https://doi.org/10.52780/res.v30i2.20075Palavras-chave:
Distinção, Cultura Gastronômica, Tradição, Turismo, Pierre BourdieuResumo
O artigo explora a relação entre gastronomia, mobilidade turística e distinção social, fundamentando-se na teoria de Pierre Bourdieu. Parte-se da premissa de que a alimentação vai além da nutrição, atuando como marcador de status e identidade cultural. O consumo de alimentos e vinhos tradicionais, por exemplo, está ligado ao capital cultural e social, reforçando divisões de classe. Assim, a globalização e a digitalização transformaram a gastronomia numa experiência midiática e simbólica, onde a distinção se expressa pelo acesso a restaurantes de luxo e pela patrimonialização da culinária. O turismo enogastronômico reflete essa dinâmica, segmentando visitantes entre consumidores de experiências elitizadas e turistas de massa. Além disso, o texto critica a invenção de tradições gastronômicas e o uso do storytelling para criar narrativas que legitimam práticas excludentes. No contexto atual, o desejo pela alta gastronomia é reforçado pela mídia, mas permanece inacessível para muitos, mantendo uma posição social através do consumo.
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