Intermediando, julgando e moralizando
O papel do estado, o dom organizacional e o processo da adoção
DOI :
https://doi.org/10.52780/res.v27iesp.2.16537Mots-clés :
Adoção de criança e adolescente, Família, Dom organizacionalRésumé
O artigo realiza diálogo entre a adoção de crianças e adolescentes com a sociologia econômica, propondo uma reflexão sobre a existência de um dom organizacional dentro dessas práticas sociais. A Igreja e o Estado estiveram à frente da intermediação entre os que “davam as crianças” e os que “buscavam crianças”. Atualmente, o Estado age intermediando, julgando e moralizando quem pode e quem não pode adotar, e destituindo quem não consegue “cuidar do filho”. A pesquisa analisou a percepção dos donatários, compreendendo a vigente configuração e significação das práticas de adoção de crianças e adolescentes no Brasil. Dentre os resultados, observou-se que a adoção que se estabelece como uma alternativa para se conseguir o gift é tratada como um “mercado não pago”, enraizado em relações de compaixão, altruísmo e amizade.
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