DO DRAMA À COMÉDIA
CONSIDERAÇÕES SOBRE AMOR DE FILHA E EDUCAÇÃO MODERNA DE GUIOMAR TORREZÃO
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i59.19580Palavras-chave:
Guiomar Torrezão, Dramaturgia de mulheres, Teatro português, Amor de Filha, Educação ModernaResumo
O nome de Guiomar Torrezão (1844-1898), escritora, jornalista, contista, dramaturga, romancista e poetisa lisboeta, está completamente ausente dos livros de História do Teatro Português. Estudiosos como José de Oliveira Barata, Duarte Ivo Cruz, Luciana Stegagno Picchio, Luiz Francisco Rebello não mencionam o nome de Torrezão, contudo, ao longo de sua vida, a autora traduziu e imitou várias peças e escreveu alguns originais. Além de tradutora e dramaturga, Guiomar Torrezão exerceu o importante e incomum papel de crítica teatral para alguns periódicos como o Diário Ilustrado e Ribaltas e Gambiarras (1881), feito espantoso para uma mulher. O artigo pretende abordar a personagem Virgínia, do drama Amor de Filha (1869) e Christiana e Gabriela, da comédia naturalista Educação Moderna (1891). Separadas por mais de duas décadas, as peças discorrem, sobre a educação feminina, o casamento e discutem o papel da mulher na sociedade portuguesa oitocentista. É possível perceber mudanças importantes na concepção das personagens e na valoração da autonomia e da liberdade femininas, uma vez que as atitudes, as ações e as falas se tornam mais potentes. Para embasar as leituras, entre outros, são recuperadas as críticas coevas das peças e um artigo da própria autora refletindo sobre educação, intitulado “A instrucção feminina”, publicado no volume Batalhas da Vida.
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