Histórias sem fim
Perspectivismo e forma narrativa na literatura indígena da Amazônia
Palabras clave:
Narrativas indígenas amazônicas, Perspectivismo ameríndio, Literatura amazônica, Culturas indígenas amazônicas, EtiologiaResumen
O foco deste artigo são três narrativas indígenas amazônicas: duas histórias pemon publicadas por Koch-Grünberg no volume Vom Roroima zum Orinoco, e uma história desana publicada por Umussin Pãrõkumu e Tõrãmu Kehíri no livro Antes o Mundo não existia. As três histórias descrevem o casamento entre um humano ou protohumano e uma noiva de outra espécie, e terminam com o surgimento ou importação de uma nova espécie de planta. Essas narrativas ilustram com precisão as teorias propostas por Eduardo Viveiros de Castro sobre o perspectivismo ameríndio amazônico. O objetivo do artigo é, pois, devolver, por assim dizer, o perspectivismo de Viveiros de Castro às histórias que o inspiraram, a fim de considerar as suas implicações na forma narrativa. A hipótese que move a análise é simples: se o pensamento ameríndio amazônico está baseado numa outra ontologia - uma ontologia que promove a ideia de que todos os animais são, ou foram, potencialmente humanos, e que privilegia diferença ao invés de identidade - sua forma narrativa não seria, também, distinta da ocidental?
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