Entre a conservação (do eu) e a (sua) dispersão: tensões e transcendência em Céu em fogo, de Mário de Sá-Carneiro, um exemplar das escritas modernas do eu
Palabras clave:
Mário de Sá-Carneiro, Poéticas da modernidade, Subjetividade, Alteridade, Transcendência,Resumen
Na obra de Mário de Sá-Carneiro, identifico dois tipos de tensão que me parecem recorrentes, manifestando-se como centrais para a sua poética. O primeiro tipo seria composto pelos movimentos de ascensão e queda; o segundo apresentaria a oposição entre a conservação e a dispersão. Focalizando dois textos de Céu em fogo, ambos marcados pelo jogo ficcional com a escrita diarística, é esta última oposição que procuro aqui explorar, notando algumas de suas nuances e tendo em vista, em particular, a presença da ideia de transcendência, a qual, iluminando um certo trânsito para a alteridade, revelar-se-ia como elemento fundamental do modo como o autor pensa e escreve sobre a própria experiência subjetiva.
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