Rap e suas formas de consumo: uma análise das implicações sociais e mentais no indivíduo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29373/sas.v7i2.12495

Palavras-chave:

Rap, Fronteiras simbólicas, Consumo, Cultura contemporânea, Emocionalidade.

Resumo

No final dos anos 90 e início dos anos 2000, o rap atingiu seu boom tendo como força motriz o caráter de denúncia da realidade das periferias e do indivíduo negro no Brasil. Hoje, o mercado passa a vender o estilo musical e de se vestir para além das favelas em que as letras assumem novas ressignificações e abordam incessantemente uma forma de culto ao luxo, entrando para o gosto musical da classe média alta. Diante disso, proponho-me a analisar o processo de construção de identidade e “querer ser” observado no negro e periférico, desejo que é barrado pelo fato de que muitos cantores não denunciam mais as contradições vividas e, de forma inconsciente, pode ser um gerador de impactos na emocionalidade e sociabilidade do indivíduo devido ao sentimento de frustração e insuficiência, provocado pelas condições do meio que lhe impedem uma transformação de si e do espaço que o circunda.

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Biografia do Autor

André Giglio Balthazar, Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista, campus de Araraquara - SP

Graduando em Ciências Sociais.

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Publicado

05/08/2018

Como Citar

BALTHAZAR, A. G. Rap e suas formas de consumo: uma análise das implicações sociais e mentais no indivíduo. Revista Sem Aspas , Araraquara, v. 7, n. 2, p. 267–282, 2018. DOI: 10.29373/sas.v7i2.12495. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/semaspas/article/view/12495. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temas em antropologia contemporânea