Possibilidades teóricas e metodológicas para interpretação do gosto e do consumo no mercado de plantas ornamentais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29373/sas.v12i00.18098

Palavras-chave:

Plantas ornamentais, Mercado, Gosto, Consumo

Resumo

As plantas ornamentais raramente são alvo de estudo em Ciências Sociais, para enfrentar esse problema, foi proposto, além da consideração como um mercado, as categorias de gosto e consumo como centrais para construção dessa agenda de pesquisa. Para isso, mobilizou-se uma revisão bibliográfica sobre os temas do consumo e do gosto, além da consulta sobre a temática das plantas ornamentais na base de dados do SciELO e no Banco de Teses & Dissertações da capes. Sobre o gosto, foi considerado que as plantas ornamentais representariam determinados estilos de vida e sociabilidades. Assim, mensurar o consumo de plantas ornamentais poderia também verificar em que medida existiria uma relação entre economia, estilos de vida e plantas específicas. A partir da mobilização dessas duas categorias, gosto e consumo, demonstrou-se a possibilidade de construir uma agenda de pesquisa que considere as plantas ornamentais como um fenômeno social relevante.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lucas Vasques, Universidade Estadual Paulista

Doutorando em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-graduação da Faculdade de Ciências e Letras.

Thais Caetano de Souza, Universidade Estadual Paulista

Doutoranda em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-graduação da Faculdade de Ciências e Letras.

Referências

AUSTIN, G. New uses of Bourdieu in film and media studies. [S. l.]: Berghahn Books, 2016.

BOURDIEU, P.; DE SAINT MARTIN, M. Anatomie du gout. Actes de la recherche en sciences sociales, [S. l.], v. 2, n. 5, p. 2–81, 1976. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/arss_0335-5322_1976_num_2_5_3471. Acesso em: 15 jul. 2022.

BOURDIEU, P. O desencantamento do mundo: estruturas econômicas e estruturas temporais. São Paulo: Perspectiva, 1979.

BOURDIEU, P.; CHAMBODERON, J-C; PASSERON, J-C. A profissão de sociólogo. São Paulo: Vozes, 1999.

BOURDIEU, P. As estruturas sociais da economia. Porto: Campo das Letras, 2006.

BOURDIEU, P. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: EDUSP, 2007.

BUENO, J. D. Sobre rosas e espinhos: experiências de trabalho com flores na região de Holambra (SP). 2016. 247 f. Tese (Doutorado em Sociologia) - Universidade Federal de São Carlos, São Paulo, 2016.

CANTISTA, I.; SÁDABA, T. Understanding luxury fashion: from emotions to brand building. Basingstoke: Springer International Publishing, 2019.

COULANGEON, P. Social stratification of musical tastes: Questioning the cultural legitimacy model. Revue Francaise de Sociologie, [S. l.], v. 46, p. 123–154, 2005. Disponível em: https://www.cairn.info/revue-francaise-de-sociologie-1-2005-5-page-123.htm?contenu=article. Acesso em: 15 jul. 2022.

DASH, M. Tulipomania: the story of the world’s most coveted flower and the extraordinary passions it aroused. New York: Crown Publishers, 1999.

DE CASTRO, A. L. Culto ao corpo e sociedade: mídia, estilos de vida e cultura de consumo. São Paulo: Annablume, 2003.

DOUGLAS, M.; ISHERWOOD, B. O mundo dos bens: para uma antropologia do consumo. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006.

DUMONT, L. Homo aequalis. Paris: Gallimard, 1977.

DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

ELIAS, N. Introdução à Sociologia. Lisboa: Edições 70, 2008.

ELIAS, N. On Human Beings and their Emotions: A Process-Sociological Essay. SageJounals, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 339–361, 2016. DOI: 10.1177/02632768700400200. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/026327687004002008. Acesso em: 15 jul. 2022.

GLOBO. Plantas da moda custam até R$ 800 a muda, saiba quais são. 2021. Disponível em: https://oglobo.globo.com/rioshow/plantas-da-moda-custam-ate-800-muda-saiba-quais-sao-25039131. Acesso em: 15 jul. 2022.

GOODY, J. The culture of flowers. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.

HADDAD, B. Da produção do discurso aos usos sociais: distinção, moda e estilo na revista Vogue Brasil. 2021. 168 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Universidade Estadual Paulista, Araraquara, São Paulo, 2021.

HONDAGNEU-SOTELO, P. Paradise transplanted: migration and the making of California gardens. California: University of California Press, 2014. v. 1.

IBRAFLOR. Informativo Janeiro e Fevereiro de 2019. [S. l.], ano 10, v. 91, 2019. Disponível em: https://www.ibraflor.com.br/boletim-ibraflor. Acesso em: 15 jul. 2022.

JARDIM, M. A. C. Para além da fórmula do amor: amor romântico como elemento central na construção do mercado do afeto via aplicativos. Política & Sociedade, Florianópolis, n. 43, v. 18, 2019. DOI: 10.5007/2175-7984.2019v18n43p46. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/2175-7984.2019v18n43p46. Acesso em: 15 jul. 2022.

JARDIM, M. A. C. A construção social do mercado de afeto: o caso das agências de casamento em contexto de consolidação dos aplicativos. Revista Pós Ciências Sociais, São Luís, v. 18, n. 1, p. 43-62, 2021. DOI: 10.18764/2236-9473.v18n1p43-62. Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/view/16094. Acesso em: 15 jul. 2022.

JUNQUEIRA, A. H.; PEETZ, M. D. S. O setor produtivo de flores e plantas ornamentais do Brasil, no período de 2008 a 2013: atualizações, balanços e perspectivas. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 115, 2014. DOI: 10.14295/rbho.v20i2.727. Disponível em: https://rbho.emnuvens.com.br/rbho/article/view/727. Acesso em: 15 jul. 2022.

JUNQUEIRA, A.; PEETZ, M. Mercado interno para os produtos da floricultura brasileira: características, tendências e importância recente. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, [S. l.], n. 1, p. 37–52, 2008. DOI: 10.14295/rbho.v14i1.230. Disponível em: https://ornamentalhorticulture.emnuvens.com.br/rbho/article/view/230. Acesso em: 15 jul. 2022.

KUIPERS, G. Television and taste hierarchy: the case of Dutch television comedy. SageJournals, [S. l.], v. 28, n. 3, p. 359–378, 2016. DOI: 10.1177/0163443706062884. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0163443706062884. Acesso em: 15 jul. 2022.

MARQUES, R. W. DA C.; CAIXETA FILHO, J. V. Sazonalidade do mercado de flores e plantas ornamentais no Estado de São Paulo: o caso da CEAGESP-SP. Revista de Economia e Sociologia Rural, [S. l.], v. 40, n. 4, p. 789–806, 2002. DOI: 10.1590/S0103-20032002000400003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/resr/a/zxgqx4bJk9shFrjmDgPrSLR/. Acesso em: 15 jul. 2022.

MARX, K. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Expressão Popular, 2008.

NEIBURG, F. Os Sentidos Sociais da Economia. In: Horizontes das Ciências Sociais no Brasil – Antropologia. São Paulo: ANPOCS, 2010.

OLIVEIRA, C. B. et al. A cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais no Brasil: uma revisão sobre o segmento. Revista Livre de Sustentabilidade e Empreendedorismo, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 180–200, 2021. Disponível em: http://www.relise.eco.br/index.php/relise/article/view/461. Acesso em: 15 jul. 2022.

PACHUCKI, M. C.; MALO, I. Alimentation et réseau social: une étude sur “le goût par nécessité” en contexte social. Sociologie et sociétés, [S. l.], v. 46, n. 2, p. 229–252, 28 out. 2014. DOI: 10.7202/1027149. Disponível em: https://www.erudit.org/fr/revues/socsoc/2014-v46-n2-socsoc01572/1027149ar/. Acesso em: 15 jul. 2022.

PAVORD, A. The tulip: the story of a flower that has made men mad. [S. l.]: Bloomsbury Publishing, 2014.

PORCIONATO, G. Programa Minha Casa Minha Vida: a construção social de um mercado. 2016. 147 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, Araraquara, 2016.

PUBLICO.PT. A genética deu-nos os primeiros crisântemos azuis. 2017. Disponível em: https://www.publico.pt/2017/08/02/ciencia/noticia/a-genetica-deunos-os-primeiros-crisantemos-azuis-1781054. Acesso em: 15 jul. 2022.

SEBRAE, S. B. A. Flores e Plantas Ornamentais do Brasil. Série Estudos Mercadológicos. Brasília: Sebrae, 2015.

SIVIERO, A. et al. Plantas ornamentais em quintais urbanos de Rio Branco, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi:Ciencias Humanas, [S. l.], v. 9, n. 3, p. 797–813, 2014. DOI: 10.1590/1981-81222014000300015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/bgoeldi/a/7P6WXpDPctsjgf5HFMsWmtm/. Acesso em: 15 jul. 2022.

STEWART, A. Flower confidential: the good, the bad, and the beautiful. [S. l.]: Algonquin Books, 2008.

WEBER, M. A “objetividade” do conhecimento na ciência social e na ciência política. In: Metodologia das Ciências Sociais. Campinas, SP: UNICAMP & Cortez Editora, 1999.

Publicado

24/11/2023

Como Citar

VASQUES, L.; SOUZA, T. C. de. Possibilidades teóricas e metodológicas para interpretação do gosto e do consumo no mercado de plantas ornamentais. Revista Sem Aspas , Araraquara, v. 12, n. 00, p. e023012, 2023. DOI: 10.29373/sas.v12i00.18098. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/semaspas/article/view/18098. Acesso em: 27 abr. 2024.