Chamada de artigos: Fios de Ariadne em renda de Bilros: múltiplos olhares sobre as (des) continuidades da modernização brasileira na passagem para o século XX - SUBMISSÕES PRORROGADAS ATÉ 05/11/2021
Dossiê: Fios de Ariadne em renda de Bilros: múltiplos olhares sobre as (des) continuidades da modernização brasileira na passagem para o século XX
Organizadores:
Cecília de Alencar Serra e Sepúlveda (IFBA/UFBA/EHESS)
Doutora em Ciências Sociais pela UFBA em co-tutela com a École des Hautes Études en Sciences Sociales - Paris, mestre em Urbanismo e Territórios pelo Instituto de Urbanismo de Paris da Universidade de Paris XII e mestre em Ciências Sociais pela UFBA. Professora Substituta do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. Pesquisadora junto aos projetos O Imaginário Social e a Popularização da Medicina no Brasil, UFBA-CNPq; Investigação Colaborativa sobre Materiais Curriculares e Educativos para as Relações Étnico-raciais baseados na História do Racimo Científico UEFS/UFBA-CNPq.
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2227-6046.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/6311622337065665
Diego Ramon Souza Pereira (UNEB/SEC-Ba/UFBA/PPGS-UFSCar)
Doutorando em Sociologia pela UFSCar, mestre em Ciências Sociais pela UFBA (2018), especialista em Antropologia pela UESB (2015), bacharel em Ciências Sociais pela UFS (2015), licenciado em Ciências Sociais pela UFS (2012). Docente da Rede Estadual da Bahia desde 2013. Docente substituto da UNEB, desde 2018. Integrante do Grupo de Pesquisa Ideia e instituições para o desenvolvimento e a democracia, liderado pela Profa. Dra. Vera Alves Cepêda.
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1912-6415
Lattes: http://lattes.cnpq.br/6021855054577870
Apresentação:
Este dossiê está voltado à divulgação de pesquisas recentes que abordem o processo de modernização brasileiro ocorrido na passagem do século XIX para o século XX, abarcando artigos que revisitem este período da nossa história a partir de uma perspectiva multidisciplinar. O seu objetivo é reunir investigações que tragam à luz as contradições do projeto civilizatório encabeçado pelas camadas dirigentes da Primeira República e seus impactos sobre as diferentes camadas sociais, bem como sobre as populações tradicionais e étnicas que vieram a compor a nação em formação. Almeja-se uma retomada do conhecimento social e histórico que, a partir do exemplo brasileiro, enseje reflexões sobre a pesquisa no campo amplo das Ciências Humanas, Letras e Literatura.
Estamos abertos a pesquisas das Ciências Políticas que abordem a reconfiguração do Estado brasileiro, sob o impacto da construção do federalismo republicano; colaborações no campo da Sociologia que revisitem obras canônicas como as de Joaquim Nabuco (1849-1910), Sílvio Romero (1851-1914) e Euclides da Cunha (1866-1909) ou revelem a trajetória de intelectuais encobertos por obstáculos regionais, raciais, sociais e de gênero; investigações Antropológicas que abordem a configuração da alteridade no contexto de formação da nação brasileira, a partir de narrativas, histórias de vida e acontecimentos em torno da construção das diferenças entre os diversos agrupamentos humanos que compuseram o Brasil, bem como reflexões teóricas sobre a modernidade e suas (re)configurações, tendo como exemplo as contradições da ocidentalização no Brasil e seus impactos tão homogeneizantes, quanto estimuladores da diversificação cultural.
O presente dossiê agregará trabalhos que forneçam luzes ao processo de modernização instaurado pela iniciante República, como fenômeno crucial do nosso pensamento social e político, dando relevo aos seus impactos disciplinadores sobre os corpos negros dos africanos e de seus descendentes recém-libertos das senzalas. O seu objetivo é compreender as desigualdades instituídas nesse período basilar de nossa história, priorizando a interseccionalidade como aspecto constitutivo das relações de poder. No novo desenrolar dos fios e das rendas que cercam o projeto de modernização brasileiro, não se pode desconsiderar a produção de realidades e as representações do cotidiano elaboradas pelos “subalternizados” ou “bestializados” como pontua Carvalho (1987). Os olhares múltiplos a serem abarcados evidenciam não apenas a perspectiva dos dominantes como também a dos subalternos (SPIVAK, 2010).
Envio de artigo: SUBMISSÕES PRORROGADAS ATÉ 05/12/2021
Previsão de publicação: Nº 33 da Revista, referente ao segundo semestre de 2022.