O vazio ocupa um espaço imenso: Ocupações Secundaristas e as habilidades necessárias para se mover na crise
Palavras-chave:
Ocupações secundaristas, Aprendizagem, Crise, AntropologiaResumo
Este texto segue as qualidades de atenção e aprendizagem operadas nas Ocupações Secundaristas. Através de observação participante e entrevistas, analisa a escola como arena que presentifica a crise na disputa pelos modos de viver, saber, produzir a si e ao mundo. Entendendo a crise a partir da matriz deleuziana, a análise parte da noção de habilidades, trabalhada pelo antropólogo Tim Ingold (2010, p.15), como “capacidades de auto-organização no campo de relacionamentos da vida” para observar a coemersão de três práticas de aprendizagem nas Ocupações: a problematização, a desconstrução e a prática de transformação no contato com a alteridade evocada como Outrar-se. Práticas trilhadas no pulsar dos territórios existenciais e de subjetivação, que se formam entre os movimentos sociais e o Estado, no conflito entre os modos de governo de si e dos outros. As reverberações conceituais da antropologia, política e educação sinalizam trilhas para um movimento possível no vazio.
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