“Não há saída para democracia brasileira sem a energia das mulheres negras”

Reflexões sobre o pensamento político e social desde a categoria mulher negra

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47284/2359-2419.2022.32.137156

Palavras-chave:

Mulher negra, Pensamento político brasileiro, Identidade nacional

Resumo

O presente artigo tem por objetivo explorar, através de análise de conteúdo, como a categoria Mulher Negra é produzida pelas intelectuais ativistas Lélia Gonzáles e Sueli Carneiro, localizando-as dentro do campo do Pensamento Político Brasileiro, desde os estudos em ciências sociais sobre os movimentos sociais negros. Seus principais temas são identidade nacional, sociedade civil e memória coletiva. Concluímos que a identidade mulher negra tem orientado a complexificação do debate sobre a natureza da sociedade brasileira e as contribuições dessas diversas identidades para democracia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABREU, G. O. de. Uma (breve) história da participação política de mulheres negras no Brasil republicano 1930 – 2020. In: LOURENÇO, A. C.; FRANCO, A. (org.). A radical imaginação política das mulheres negras brasileiras. São Paulo: Oralituras; Fundação Rosa Luxemburgo, 2021. p.32-44.

ASANTE, M. K. Afrocentricidade: notas sobre uma posição disciplinar. In: NASCIMENTO, E. L. Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009. p. 93-111.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BETI, M.; TOBNER, O. Dictionnaire de la negritude. Paris: L’Harmattan, 1989.

CALDWEL, K. Negras in Brazil: re-envisioning black women, citizenship, and the politics of identity. New Jersey: Rutgers University Press, 2007.

CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.

CARNEIRO, S. Mulheres negras e o poder: ensaios sobre a ausência. Revista do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero. Brasília, p.50-55, 2009.

CARNEIRO, S. Mulheres em movimento. Estudos Avançados, v. 17, n. 49, 2003. Disponível em: www.scielo.br/j/ea/a/Zs869RQTMGGDj586JD7nr6k/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 23 set. 2021.

CARNEIRO, S. Movimento negro: velhos e novos desafios. Caderno CRH, Salvador, n. 36, p. 209-215, jan./jun. 2002a.

CARNEIRO, S. A batalha de Durban. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 209-214, 2002b. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100014. Acesso em: 23 set. 2021.

CARNEIRO, S. Identidade feminina. Cadernos Geledés, São Paulo, v.4, p.9-12, 1993. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2015/05/Mulher-Negra.pdf. Acesso em: 16 set. 2022.

CLAVAL, P. Champ et perspectives de la géographie culturalle. Géographie et cultures,

Paris, n.1, p. 7-38, 1992.

DIOP, C. A. A unidade cultural da África negra: esferas do patriarcado e do matriarcado na antiguidade clássica. Luanda: Edições Mulemba, 2014.

GONZALEZ, L. A juventude negra brasileira e o desemprego. In: RIOS, F.; LIMA, M. (org.). Por um feminismo afro-latino americano. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2020a. p. 39-42.

GONZALEZ, L. Cultura, etnicidade e trabalho: efeitos linguísticos e políticos da exclusão da mulher. In: RIOS, F.; LIMA, M. (org.). Por um feminismo afro-latino americano. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2020b. p. 20-38.

GONZALEZ, L. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, v. 92, n. 93, p. 69-82, jan./jun., 1988. Disponível em: https://institutoodara.org.br/public/gonzalez-lelia-a-categoria-politico-cultural-de-amefricanidade-tempo-brasileiro-rio-de-janeiro-v-92-n-93-p-69-82-jan-jun-1988b-p-69-82/. Acesso em: 04 out. 2021.

KYRILLOS, G. M. Uma Análise Crítica sobre os Antecedentes da Interseccionalidade. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 28, n. 1, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/zbRMRDkHJtkTsRzPzWTH4Zj/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 16 set. 2022.

LESSA, R. Da interpretação à ciência: por uma história filosófica do conhecimento político no Brasil. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, São Paulo, n.82, p. 17-60, 2011.

LYNCH, C. E. C. Cartografia do pensamento político brasileiro: conceito, história, abordagens. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 19, p. 75-119, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-335220161904. Acesso em: 23 set. 2021.

LYNCH, C. E. C. Por que pensamento e não teoria? a imaginação político-social brasileira e o fantasma da condição periférica (1880-1970). Dados, Rio de Janeiro, v. 56, n. 4, p. 727-767, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0011-52582013000400001. Acesso em: 23 set. 2021.

PINTO, F. Saúde pública e as mulheres negras na saúde: uma convergência de lutas. In: LOURENÇO, A. C.; FRANCO, A. (org.). A radical imaginação política das mulheres negras brasileiras. São Paulo: Oralituras; Fundação Rosa Luxemburgo, 2021. p. 62-71.

RIOS, F. Movimento negro brasileiro nas ciências sociais (1950-2000). Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 12, n. 2, p. 263-274, jul./dez. 2009.

RAMOS, S. O papel das ONGs na construção de políticas de saúde: a Aids, a saúde da mulher e a saúde mental. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 4, p. 1067-1078, 2004.

RAMOS, A. G. O processo da sociologia brasileira. Rio de Janeiro: [s. n.], 1953.

RODRIGUES, C. S.; PRADO, M. A. M. Movimento de mulheres negras: trajetória política, práticas mobilizatórias e articulações com o Estado brasileiro. Psicologia & Sociedade, Belo Horizonte, v. 22, p. 445-456, 2010.

RUFINO, J. O movimento negro e a crise brasileira. Política e Administração, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 287-307, 1983.

SANTORO, W. A.; McGUIRE, G. M. Social movement insiders: the impact of institutional activists on affirmative action and comparable worth policies. Social Problems, Oxford, v. 44, n. 4, p. 503-519, nov. 1997. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/3097220. Acesso em: 23 set. 2021.

SANTOS, B. S.; NUNES, J. A. Introdução: para ampliar o cânone do reconhecimento, da diferença e da igualdade. In: SANTOS, B. de S. (org.). Reconhecer para libertar: os caminhos do cosmopolitismo multicultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. p. 13-59.

DOS SANTOS, Sônia Beatriz. As ONGs de mulheres negras no Brasil. Sociedade e cultura, v. 12, n. 2, p. 275-288, 2009.

TORRES, A. O Problema Nacional Brasileiro. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1982.

Downloads

Publicado

21/10/2022