Farmácia Verde em Manicoré (AM)
Diálogos Possíveis entre Práticas Integrativas e Convencionais
DOI:
https://doi.org/10.47284/cdc.v23i00.16891Palavras-chave:
Medicina integrativa, Cuidados de saúde, Antropologia da saúde, Plantas medicinais, Epistemologia da saúdeResumo
O debate entre práticas integrativas e a medicina convencional é acirrado por atores de ambos os lados. Esta análise apresenta elementos concretos para uma maior interlocução entre os campos, com base nas práticas da Farmácia Verde localizada no município de Manicoré (AM). Utilizaremos como método o relato de experiência de uma farmacêutica voluntária no espaço entre julho e novembro de 2021. O relato apresenta tensões entre a formação farmacêutica e as práticas observadas, o que permitiu os seguintes resultados: 1) as semelhanças (como a anamnese); 2) as incomensurabilidades (como o uso do pêndulo para posologia, por exemplo); e 3) as diferenças (como a organização dos serviços). Entendemos que os elementos 1 e 2 são superáveis, enquanto o elemento 3 representa obstáculos para a aproximação com práticas biomédicas que permitiriam, por exemplo, maiores encaminhamentos da atenção primária para a farmácia. Torna-se urgente a implementação de pesquisas interepistêmicas capazes de compreender as contribuições desses espaços para o sistema de saúde.
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