A fenomenologia do tempo na filosofia poética da I.A. Vvedensky
DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v7iesp.8.16351Palavras-chave:
Tempo, Momento, Insubstancialidade, Consciência, Coerência-incoerênciaResumo
Para a ontologia não clássica, um dos maiores problemas é o tempo. É pensando sobre o tempo e sua relação com a essência do homem, pensamento ou ser que Kierkegaard, Bergson e Heidegger tentaram construir uma ontologia diferente. O tema do tempo também foi um dos principais temas para o poeta e filósofo russo A. I. Vvedensky. Os autores do artigo sugerem que, com base em seus poemas e reflexões convencionalmente reunidos sob o título "The Grey Notebook", os princípios de uma fenomenologia especial do tempo podem ser formulados; este trabalho postula o tempo como um fenômeno quase ontológico que atua quando percebemos e ordenamos a realidade por meio dele, mas desaparece quando tentamos observá-lo e apreendê-lo. O tempo não pode ser uma sequência ou uma medida de contagem. Pensar no tempo é uma experiência específica em que não apenas o próprio tempo desaparece, mas também a realidade habitual medida e ordenada por ele, e outra coisa se abre - um mundo fora da sequência e da relação, fora das relações e visões estáveis e limitadas. Neste novo mundo, o próprio meditador se dissolve e desaparece cruzando a fronteira entre o tempo e a eternidade, o imanente e o transcendente, o humano e o divino. Assim, a fenomenologia do tempo de Vvedensky não é um estudo teórico, mas uma virada prática, uma mudança no modo de existência e, em última análise, uma experiência de salvação e liberdade.
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