O desenvolvimento das Ciências Sociais e a modernização brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29373/sas.v8i2.13358

Palavras-chave:

Modernização, Ciências Sociais, Intelectuais, Institucionalização.

Resumo

A intelectualidade vivencia uma ruptura com os padrões de consagração vigentes na Primeira República. A partir da tomada do poder por Getúlio Vargas e a Revolução de 1930, tem-se início um novo cenário político. Devido à queda do preço do café, o modelo agroexportador encontrava-se em processo de decadência, pois já não era mais possível manter artificialmente o valor deste produto. Somam-se a este fator as restrições provocadas pela crise financeira de 1929, o que implicou na queda da demanda externa e no surgimento de novos competidores. Neste contexto, os intelectuais estão subordinados de um modo mais intenso à conjuntura política do que propriamente às questões culturais. A função e atuação dos intelectuais ultrapassam, desta maneira, o campo estritamente intelectual e adentram o do político. Assim, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar a relação entre a modernização brasileira e o desenvolvimento institucional e intelectual das Ciências Sociais no Brasil.

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Biografia do Autor

Natalia Maria Casagrande, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Marília – SP

Doutoranda em Educação, Progama de Pós-Graduação em Educação - Unesp Marília.

Janaina de Oliveira, Universidade Estadual Paulista - Unesp Araraquara

Doutoranda em Ciências Sociais, Progama de Pós-Graduação em Ciências Sociais - Unesp Araraquara.

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Publicado

30/12/2019

Como Citar

CASAGRANDE, N. M.; DE OLIVEIRA, J. O desenvolvimento das Ciências Sociais e a modernização brasileira. Revista Sem Aspas , Araraquara, v. 8, n. 2, p. 209–224, 2019. DOI: 10.29373/sas.v8i2.13358. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/semaspas/article/view/13358. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos