Brasil, uma sociedade que não aprende: novas perspectivas para discutir ciência, tecnologia e inovação

Autores

  • Paulo Gala Fundação Getulio Vargas (Fgv), Escola de Economia, São Paulo – SP – Brasil.
  • André Roncaglia de Carvalho Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Escola Paulista de Política, Economia e Negócios, Osasco – SP – Brasil.

Palavras-chave:

Desenvolvimento econômico, Sofisticação produtiva, Complexidade, Retornos crescentes, Progresso tecnológico,

Resumo

O desenvolvimento econômico é uma transformação estrutural que leva pessoas da agricultura para indústria e depois para os serviços modernos; um processo conhecido como “revolução industrial”. O Brasil consegui avançar muito neste processo até os anos 1980; chegou ao meio do caminho, parou e depois comecou a regredir. Seu sistema produtivo caminhou no sentido de diversificação e aumento da complexidade até os anos 2000, depois regrediu e voltou a se espcializar em produtos menos complexos. Viramos a economia da padaria, dos cabeleireiros, das manicures e dos lojistas de shopping: serviços não escaláveis, sem produtividade, sem desenvolvimento tecnológico. O presente artigo discute as causas deste processo de regresso tecnológico do país, apoiando-se na nova economia da complexidade, explorando conceitos como externalidade em rede, economias de aglomeração e retornos crescentes à escala para compreender como o Brasil pode escapar de suas (des)vantagens comparativas para tornar-se uma sociedade que aprende.

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Publicado

28/05/2020