Actos ilícitos", "palabras deshonestas" y "tocamientos torpes"

El confesionario bajo vigilancia (Minas Gerais, siglo XVIII)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47284/cdc.v24iesp.1.18103

Palabras clave:

Confesionario, Inquisición, Sacerdotes, Confesión, Minas Gerais

Resumen

A partir de un análisis cualitativo del enfoque micro-histórico, que consiste en la reducción de la escala de observación de las denuncias y de los procesos inquisitoriales de solicitud ocurridos en Minas Gerais, en el siglo XVIII, este artículo examina la vigilancia infringida por el Tribunal del Santo Oficio a los confesores que profanaron el Sacramento de la Confesión, y la preocupación que la Iglesia demostraba con ese Sacramento y con el lugar donde debía ocurrir. El delito de solicitud ocurría cuando un confesor, en el lugar de la confesión, acosaba amorosa o sexualmente a los penitentes. La confesión fue un importante mecanismo utilizado por la Iglesia tridentina como instrumento de vigilancia y disciplinamiento. Sobre la base del análisis realizado, desde el siglo XVI, cuando se elaboró, el móvil confesionario se utilizó para disminuir los daños causados por la intimidad entre confesor y penitente en el momento del Sacramento. El confesionario fue vigilado no solo en lo concerniente al Sacramento y sus ministros, sino también a su construcción y al lugar donde debería estar en las iglesias, para que así, ocasiones de pecados fueran evitadas.

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Biografía del autor/a

Sabrina Alves da Silva, Universidade Estadual Paulista

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Franca – SP – Brasil.

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Publicado

30/09/2024