Transición energética e injusticias sociambientales
un debate de emergencia en el contexto brasileño
DOI:
https://doi.org/10.47284/cdc.v25i00.20071Palabras clave:
Crisis climática y ecológica, Transición energética, Injusticias socioambientales, Transición socioecológica, Mujeres indígenas y de comunidades tradicionalesResumen
El artículo analiza críticamente la implantación de modelos de transición energética basados exclusivamente en la descarbonización y las fuentes renovables. A través de entrevistas, análisis documental e investigación bibliográfica, se investigan los impactos de los proyectos de energía eólica e hidrógeno verde en el Nordeste brasileño, especialmente en Ceará. La investigación destaca los límites de la transición energética empresarial que, al promover un simple reverdecimiento del capitalismo, mantiene inalteradas las bases de las desigualdades socioambientales y profundiza las relaciones geopolíticas de explotación entre el Norte y el Sur Globales. El estudio muestra cómo estos proyectos afectan a las comunidades tradicionales y a los territorios indígenas, generando impactos desproporcionados sobre las mujeres. Como alternativa, propone, a partir de las experiencias de mujeres indígenas y comunidades tradicionales, otros paradigmas que pongan la vida en el centro y reconozcan las relaciones de interdependencia que sustentan las diversas existencias en el planeta.
Descargas
Citas
ACOSTA, A. A maldição da violência: o extrativismo posto a nu. Ihu, 17 out. 2011. Disponível em: https://www.ihu.unisinos.br/noticias/501892-a-maldicao-da-violencia-o-extrativismo-posto-a-nu-artigo-de-alberto-acosta. Acesso em: 6 jul. 2021.
ACOSTA, A. Antropoceno, capitaloceno, faloceno y más. Rebelión, 2 fev. 2018. Disponível em: https://rebelion.org/antropoceno-capitaloceno-faloceno-y-mas/. Acesso em: 29 ago. 2024.
AEDO, M. P. De la transición corporativa a las transiciones justas: alternativas y resistencias territoriales. Ecología Política, v. 65, p. 39-47, 2023. DOI: 10.53368/EP65TEep03.
AGUIAR, G. L. Complexo Industrial e Portuário do Pecém e comunidades do entorno: caracterização, diagnóstico e soluções. Relatório Técnico. São Gonçalo do Amarante: Comissão Especial do Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Gonçalo do Amarante, 2019.
AGUILAR, R. G.; GAONA, S. R. Producción de lo común contra las separaciones capitalistas: hilos de una perspectiva crítica comunitaria en construcción. In: ROCA-SERVAT, D.; PERDOMO-SÁNCHEZ, J. La lucha por los comunes y las alternativas al desarrollo frente al extractivismo: miradas desde la(s) ecología(s) política(s) latinoamericanas. Buenos Aires: Clacso, 2020. p. 41-65.
ARRIAGADA OYARZÚN, E.; ZAMBRA ÁLVAREZ, A. Apuntes iniciales para la construcción de una Ecología Política Feminista de y desde Latinoamérica. Polis. Revista Latinoamericana, v. 54, 2019. DOI: 10.32735/s0718-6568/2019-n54-1399.
BARBOSA, L. P. O Comum e a Não Propriedade: a ontologia política zapatista na defesa do território e no confronto ao ontocídio do capital no Sul Global. Revista GeoUECE, v. 13, n. 25, p. 1-42, 2024. DOI: 10.52521/geouece.v13i25.12794.
BARBOSA, L. P. Paradigma epistêmico do campo e a construção do conhecimento na perspectiva dos movimentos indígenas e camponeses na América Latina. In: SANTOS, A. R. dos; COELHO, L. A.; OLIVEIRA, J. M. S. (org.). Educação e movimentos sociais. Análises e Desafios. Jundiaí: Paco Editorial, 2019. p. 279-299.
BARBOSA, L. P.; NÓBREGA, L. N. A luta das mulheres indígenas na América Latina e a crise ambiental. Ser Social, v. 25, n. 52, p. 29-48, 2023.
BERTINAT, P.; ARGENTO, M. Perspectivas sobre energía y transición. In: SVAMPA, M.; P. BERTINAT (compl.). La transición energética en la Argentina. Madrid: Siglo XXI, 2021. p. 49-74.
BONILLA, V.D.; CASTILLO, G.; FALS BORDA, O.; LIBREROS, A. Causa popular: ciencia popular. Bogotá: Publicaciones de La Rosca, 1972.
BRASIL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Usinas eólicas dominam expansão da oferta de energia elétrica em julho. Gov.br., 10 ago. 2023. Disponível em https://www.gov.br/aneel/pt-br/assuntos/noticias/2023/usinas-eolicas-dominam-expansao-da-oferta-de-energia-eletrica-em-julho. Acesso em: 10 fev. 2025.
BRASIL. IBAMA. Usinas eólicas offshore. Gov.br, 4 abr. 2024. Disponível em https://www.gov.br/ibama/pt-br/assuntos/laf/consultas/arquivos/20240507_Usinas_Eolicas_Offshore.pdf. Acesso em: 15 fev. 2025.
CALVEIRO, P. Resistir al neoliberalismo: comunidades y autonomías. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO; Ciudad de México: Siglo XXI, 2021.
CAMPOS, I.; GIBAJA, C. Governo do Ceará assina pré-contrato de R$ 9 bilhões com a empresa norueguesa para instalação de planta de hidrogênio verde no Pecém. Governo do Estado do Ceará, 8 out. 2024. Disponível em: https://www.ceara.gov.br/2024/10/28/governo-do-ceara-assina-pre-contrato-de-r-9-bilhoes-com-a-empresa-norueguesa-para-instalacao-de-planta-de-hidrogenio-verde-no-pecem/. Acesso em: 28 nov. 2025.
CECEÑA, A. E. La territorialidad de la dominación. Estados Unidos y América Latina. Chiapas, v. 12, 7-30, 2001.
CORRIERI, R. 11 Estados correm risco de apagão por sobrecarga, diz relatório. Poder 360, 2024. Disponível em: https://www.poder360.com.br/poder-energia/11-estados-correm-risco-de-apagao-por-sobrecarga-diz-relatorio/. Acesso em: 28 nov. 2025.
CRUTZEN, P. Geology of Mankind. Nature, v. 415, n. 23, p. 23, 2002. Disponível em: www.geo.utexas.edu/courses/387h/PAPERS/Crutzen2002.pdf. Acesso em: 23 set. 2024.
DAMASCENO, B. Aprovada 1ª resolução do País que trata do licenciamento ambiental para usinas de hidrogênio verde. Diário do Nordeste, 11 fev. 2022. Disponível em: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/negocios/aprovada-1-resolucao-do-pais-que-trata-do-licenciamento-ambiental-para-usinas-de-hidrogenio-verde-1.3191426. Acesso em 30 mar. 2025.
FOLHES, M. T.; DONALD, N. Previsões tradicionais de tempo e clima no Ceará: o conhecimento popular a serviço da ciência. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 19, n. 2, p. 19-31, 2007.
FIOCRUZ. Mapa de Conflitos. 2025. Disponível em: https://mapadeconflitos.ensp.fiocruz.br/. Acesso em: 28 nov. 2025.
GAGO, V. La potencia feminista: o el deseo de cambiarlo todo. Buenos Aires: Tinta Limón, 2019.
GUDYNAS, E. Teología de los extractivismos. Tabula Rasa, n. 24, p. 11-23, 2016.
HARAWAY, D. Antropoceno, Capitaloceno, Plantacionoceno, Chthuluceno: generando relaciones de parentesco. Revista Latinoamericana de Estudios Críticos Animales, v. 1, n. 3, 2016.
HARAWAY, D. Pensamiento tentacular: antropoceno, capitaloceno, chthuluceno. Revista Errata: Revista de Artes Visuais, v. 18, 2017. Disponível em: https://revistaerrata.gov.co/contenido/pensamiento-tentacular-antropoceno-capitaloceno-chthuluceno-1-. Acesso em: 23 set. 2024.
HARVEY, D. A loucura da Razão Econômica: Marx e o Capital no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2018.
INSTITUTO POLÍTICAS ALTERNATIVAS PARA O CONE SUL. Lorena Cabnal: feminismo comunitario en Guatemala. 2025. Disponível em: https://pacs.org.br/mulheresterritoriosdeluta/debate-mundo/lorena-cabnal-feminismo-comunitario-en-guatemala/. Acesso em: 10 jul. 2025.
ISLAS VAGAS, M. Adaptación al cambio climático: definición, sujetos y disputas. letras verdes. Revista Latinoamericana de Estudios Socioambientales, n. 28, p. 9-30, 2020. Disponível em: https://revistas.flacsoandes.edu.ec/letrasverdes/article/view/4333/3610. Acesso em: 23 set. 2024.
KRENAK, A. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
LANDER, E. Ciências sociais: saberes coloniais e eurocêntricos. In: LANDER, E. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: Clacso, 2005, p. 8-23.
LA VIA CAMPESINA. La Vía Campesina: ¡Las catástrofes climáticas requieren atención y respuesta global urgente! ¡Basta de falsas soluciones! La Via Campesina, 5 jul. 2024. Disponível em https://viacampesina.org/es/la-via-campesina-las-catastrofes-climaticas-requieren-atencion-y-respuesta-global-urgente-basta-de-falsas-soluciones/. Acesso em: 28 nov. 2025.
LEMOS, M. Empresários alemães chegam ao Ceará para conhecer oportunidades de compra futura de hidrogênio verde. Diário do Nordeste, 16 out. 2023. Disponível em: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/negocios/empresarios-alemaes-chegam-ao-ceara-para-conhecer-oportunidades-de-compra-futura-de-hidrogenio-verde-1.3429741. Acesso em: 28 nov. 2025.
LIMA, B. Cortes de geração eólica e solar aumentam e levam setores a cobrar ressarcimento que pode pesar na conta de luz. O Globo, 23 fev. 2025. Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/negocios/noticia/2025/02/23/cortes-de-geracao-eolica-e-solar-aumentam-e-levam-setores-a-cobrar-ressarcimento-que-pode-pesar-na-conta-de-luz.ghtml. Acesso em: 28 nov. 2025.
LIMA, S.; GALBIATTI, P. Mudanças Climáticas: bases conceituais, impactos socioambientais e responsabilidades. In: LIMA, S.; ARAÚJO, F. (org.). Entrando em clima de urgência no Ceará: sem tempo para termelétrica. Fortaleza: Gráfica LCR, 2023. p. 12-19.
LUGONES, M. Colonialidad y Género. Tabula Rasa, Bogotá , n. 9, p. 73-102, 2008. Disponível em http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892008000200006. Acesso em 20 jun. 2025.
MEIRELES, J. A injustiça ambiental expressa nas termelétricas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) pela extração perdulária das águas superficial e subterrânea. In: LIMA, S.; ARAÚJO, F. (org.). Entrando em clima de urgência no Ceará: sem tempo para termelétrica. Fortaleza: Gráfica LCR, 2023, p. 36-42.
MELO, J. A. T. A tríplice dimensão da natureza da água como condição para a justiça hídrica: um estudo ecológico, social e jurídico a partir de conflitos socioambientais no território do Pecém, no Ceará. 2021. 465 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) – Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021.
MÉSZÁROS, I. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. São Paulo: Boitempo, 2011.MILANEZ, B. Modernização ecológica no Brasil: limites e perspectivas. Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 20, p. 77-89, 2009.
MOORE, J. O surgimento da natureza barata. In: MOORE, J. W. (org.). Antropoceno ou Capitaloceno?: natureza, história e a crise do capitalismo. São Paulo: Elefante, 2022. p. 128-186.
NAVARRO, M. L.; GUTIÉRREZ, R. Claves para pensar la interdependencia desde la ecología y los feminismos. Revista Bajo el Volcán, n. 28, 2018. Disponível em: http://www.apps.buap.mx/ojs3/index.php/bevol/article/view/1113/757. Acesso em: 23 set. 2024.
NAVARRO, M. L.; LINSALATA, L. Capitaloceno, luchas por lo común y disputas por otros términos de interdependencia en el tejido de la vida: reflexiones desde América Latina. Revista Relaciones Internacionales, n. 46, 2021.
NÓBREGA, L. N. “Eu fui tão feliz que dói!”: entre políticas de invisibilidade e políticas de existência: os Anacé e o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, Ceará. 2023. 391 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2023. Disponível em: http://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=111964. Acesso em: 13 ago. 2025.
OJEDA, D. Descarbonización y despojo: desigualdades socioambientales y las geografías del cambio climático. In: GÖBEL, B.; GÓNGORA-MERA, M.; ULLOA, A. Desigualdades socioambientales en América Latina. Bogotá: Universidad Nacional de Colombia Ibero-Amerikanisches Institut, 2014. p. 255-290.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC). Acordo de Paris sobre o Clima. Paris, França, 2015. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/88191-acordo-de-paris-sobre-o-clima. Acesso em 23 jan. 2025.
PAIM, E. S.; FURTADO, F. P. (org.). Em nome do clima, mapeamento crítico: transição energética e financeirização da natureza. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo, 2024.
PIMENTEL, C. Falha em parques eólicos e solares no CE causou apagão de agosto. Agência Brasil, 26 set. 2023. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-09/falha-em-parques-eolicos-e-solares-no-ce-causou-apagao-de-agosto. Acesso em: 28 nov. 2025.
PORTO-GONÇALVES, C. W. O desafio ambiental. Rio de Janeiro: Record, 2004.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: Clacso, 2005. p. 107-130.
RAVERA, F.; INIESTA ARANDIA, I. Perspectivas feministas para repensar la investigación en cambio climático y las políticas de adaptación. Ecología Política, v. 53, n. 1, p. 41-44, 2017.
ROCHA, C. R. A carcinicultura nos tirou do mangue, o parque eólico nos tirou da duna. In: PAIM, E. S.; FURTADO, F. P. (org.). Mulheres em defesa do território-corpo-terra-águas. São Paulo: Funilaria, 2024.
RODRIGUES, J. C. Resistências na Amazônia: emergência e estratégias de lutas da CPT e do MAB face à produção de complexos portuários no oeste do Pará. In: CRUZ, S. H. R. et al. (org.). Territórios de esperança: a conflitualidade como produtora do futuro. Belém: UFPA, 2021. p. 155-180.
SANTANA, E. W. et al. Cenário Atual do Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Assembleia Legislativa do Ceará, Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos. Fortaleza: INESP, 2013.
SEGATO, R. L. Crítica da colonialidade em oito ensaios e uma antropologia por demanda. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
SILVA, R. B. Cartografia social do mar do Ceará: perspectivas da pesca artesanal e os potenciais conflitos com a energia eólica offshore. 2024. 231 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2024.
SVAMPA, M. Consenso de los Commodities y lenguajes de valoración en América Latina. Revista Nueva Sociedad – Nuso, [S. l.], n. 244, 2013. Disponível em: https://nuso.org/articulo/consenso-de-los-commodities-y-lenguajes-de-valoracion-en-america-latina/. Acesso em: 10 mai. 2025.
VIEGAS, R. N. Desigualdade ambiental e “Zonas de Sacrifício”. Rio de Janeiro: FASE: IPPUR, 2006.
WYCZYKIER, G. En las vías de la desfosilización: el hidrógeno verde como alternativa para la transición energética. Ecología Política, v. 65, p. 78-82, 2023.
ZANELLA, M. E. Caracterização climática e os recursos hídricos do estado do Ceará. In: SILVA, J. B.; DANTAS, E. W.; CAVALCANTE, T. (org.). Geografia do Ceará: um novo olhar geográfico. 2. ed. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2007. p. 169–188.
ZAPAROLLI, D. Brasil prepara-se para iniciar produção de hidrogênio verde. Revista Pesquisa Fapesp, abr. 2022. https://revistapesquisa.fapesp.br/brasil-prepara-se-para-iniciar-producao-de-hidrogenio-verde/. Acesso em 12 fev. 2025.
ZAVALETA, R. La autodeterminación de las masas. Buenos Aires: Clacso, 2009.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociais

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.




