Narrar Moçambique: a experiência do rastro colonial

Auteurs

  • Cíntia Acosta Kütter Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Instituto de Ciências Humanas e Socias, Seropédica – RJ

Mots-clés :

Moçambique, João Paulo Borges Coelho, Rastro, Memória,

Résumé

O presente trabalho pretende analisar a experiência do rastro colonial no romance Crónica da Rua 513.2, do moçambicano João Paulo Borges Coelho. Ao pensarmos o texto ficcional no formato de crônica, como o romancista assim o pretende, verificamos que ele o faz desta maneira para que também atentemos para as diversas partes em que esta sociedade pós-colonial foi dividida. Pensaremos ainda sobre a importância da memória para este país que a tão pouco tempo conhece a expressão “independência”, embora esta tenha demorado tanto a chegar, é importante lembrar, para que o que foi importante não seja esquecido. Com isso, refletiremos sobre a importância do rastro e da memória presentes na obra e na história de Moçambique.

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Biographie de l'auteur

Cíntia Acosta Kütter, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Instituto de Ciências Humanas e Socias, Seropédica – RJ

Professora Substituta da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).Doutoranda em Letras Vernáculas subárea - Literaturas Portuguesa e Africanas, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.Mestre em Estudos Literários subárea - Literatura Portuguesa e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, pela Universidade Federal Fluminense- UFF (2013) e licenciada em Letras Português/Francês, pela Fundação Universidade do Rio Grande - FURG (2006). Tem experiência como professora de Literaturas de Língua Portuguesa, Língua Portuguesa e Produção textual em instituições de ensino brasileiras, com foco na língua, literatura e cultura brasileiras. Seu interesse versa principalmente nos seguintes temas: gênero, bildungsroman feminino, memória, trauma e literatura produzida por escritoras africanas e afro-brasileiras. Atualmente integra o Grupo de Pesquisa "Escritas do corpo feminino" (UFRJ/UNILAB).

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Publiée

06/07/2018