Entre conflitos e silenciamentos: a literatura moçambicana como alternativa de narratividade histórica

Autores

  • Marco Aurelio de Oliveira Leal Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife – PE https://orcid.org/0000-0003-4108-6325
  • Rayanna Lucylle Simões Vilela Tavares Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife – PE

DOI:

https://doi.org/10.29373/sas.v9i1.13252

Palavras-chave:

Moçambique, Literatura, Colonialidade, FRELIMO.

Resumo

A jovem independência de Moçambique ainda traz elementos da colonialidade que afligiu o país. Homens e mulheres lutaram não apenas pela independência, mas numa nociva guerra civil pós independência, um cenário em que sua história era ainda narrada a conta gotas, muitas vezes sem um espaço de inserção para moçambicanos e moçambicanas enquanto narradores. A literatura que convocamos para esta reflexão funciona como um elemento de representação frente ao silenciamento de sua própria história, muitas vezes contada pela figura do colonizador. A contribuição que aqui apresentamos traz uma reflexão sobre a história de Moçambique e o desenvolvimento de sua literatura. A investigação e a análise desenvolvida, de caráter panorâmico, fazem referência ao processo de formação do estado-nacional, após o acordo que garantiu a transferência do poder político à Moçambique, mais especificamente à FRELIMO, incluindo as contradições nas propostas ideológicas do partido e nos diversos desvios e problemas que ali se manifestaram.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marco Aurelio de Oliveira Leal, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife – PE

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Sociologia.

Rayanna Lucylle Simões Vilela Tavares, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife – PE

Graduanda em Ciências Sociais.

Referências

CABAÇO, J. L. Moçambique: identidades colonialismo e libertação. Maputo, Moçambique, 2010.

CRAVEIRINHA, J. Babalaze das hienas. Maputo: Alcance Editores, 2008.

FERREIRA, M. C. Estratégias narrativas e identidades deslizantes em venenos de Deus, remédios do Diabo, de Mia Couto. In: Simpósio Nacional e Internacional de Letras e Linguística, 2009, Uberlândia. Anais [...]. Uberlândia: EDUFU, 2009. v. 1.

MAZULA, B. Educação, cultura e ideologia em moçambique: 1975-1985. Porto: Afrontamento, 1995.

MENDONÇA, F. Literaturas emergentes, identidades e cânone. In: RIBEIRO, M. C.; MENESES, M. P. (org.). Moçambique: das palavras escritas. Porto: Afrontamento, 2008. p. 19-33.

NEWITT, M. História de moçambique. Lisboa: Mem Martins, 2012.

NOA, F. José Craveirinha: para além da utopia. Via Atlântica, São Paulo, n. 5, p. 68-77, 9 dez. 2002.

NOA, F. Surget et Ambula: literatura e (des)construção da nação. Estudos de Sociologia, Recife, v. 2, n. 20, p. 341-369, jan./dez. 2014.

SAÚTE, N. Identidades em literatura (Espaço público, literatura e identidade) In: SERRA, Carlos (org.). Identidade, moçambicanidade, moçambicanização. Maputo: Livraria Universitária, 1998.

SOUSA, N. de. Sangue Negro. Maputo: AEMO, 1988.

Publicado

30/09/2020

Como Citar

LEAL, M. A. de O.; TAVARES, R. L. S. V. Entre conflitos e silenciamentos: a literatura moçambicana como alternativa de narratividade histórica. Revista Sem Aspas , Araraquara, v. 9, n. 1, p. 27–40, 2020. DOI: 10.29373/sas.v9i1.13252. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/semaspas/article/view/13252. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos