Com parente se negocia? Redes migratórias e o comércio transnacional em Cabo Verde

Autores

  • Andréa Lobo Universidade de Brasília (UnB), Brasília – DF – Brasil.
  • Vinícius Venancio Universidade de Brasília (UnB), Brasília – DF – Brasil. Mestrando em Antropologia Social.

Palavras-chave:

Migrações, Cabo Verde, Comércio transnacional, Família,

Resumo

As etnografias apresentadas nas últimas décadas sobre Cabo Verde demonstram que é quase impossível abordar alguma temática referente a esse país sem mencionar os intensos fluxos migratórios que constituem a história do arquipélago. Sendo assim, com o interesse primeiro em analisar um outro tipo de fluxo, o do comércio transnacional realizado por mulheres cabo-verdianas, nos demos conta das conexões entre estes e as redes migratórias constituídas entre Cabo Verde, países europeus e os Estados Unidos da América. A presente proposta, portanto, pretende “seguir” e esboçar algumas reflexões sobre tais conexões, dando especial ênfase nas relações entre familiares que vivem a distância. Nossa hipótese, a partir de dados etnográficos, é de que neste cenário, os parentes emigrados são centrais para iniciar e/ou dar continuidade aos negócios de familiares que vivem em Cabo Verde, seja através do envio de bidões - tambores que costumam ser enviados cheios de presentes e produtos para revenda - ou no apoio para constituir o fluxo comercial, na garantia de se ter apoio nas viagens e negociações em países estrangeiros.

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Publicado

06/07/2018

Edição

Seção

Colaboração Especial