Ser mulher indígena e mãe na universidade
Desafios e perspectivas de uma estudante de agronomia
DOI:
https://doi.org/10.47284/cdc.v23iesp.2.16903Palavras-chave:
Educação Superior, Inclusão, Maternidade, Políticas AfirmativasResumo
Para diversificar as opções de trabalho e fortalecer a posição política e social das mulheres indígenas, é fundamental investir em sua formação profissional. Uma das maneiras de contribuir com esta formação tem sido facilitar o acesso destas mulheres às redes federais de ensino e cursos da área de agrárias, que possuem potencial para oferecer capacitação a elas. Porém, é necessário também refletir sobre as dificuldades de permanência destas mulheres na universidade, principalmente das que são mães. Este exercício de escrita coletiva e autobiográfica da primeira autora objetiva refletir, desde sua vivência como estudante de agronomia, indígena e mãe, as questões relacionadas à sua permanência na universidade. Este trabalho auxilia a pensar uma academia verdadeiramente inclusiva: criativa, que valoriza os afetos, que redistribui poder e que seja reparadora e transformadora. A maternidade indígena é um convite à universidade a acolher e propiciar o bem-estar das mães, sujeitas de direito, ocupando espaços que democraticamente são de todas, todos e todes.
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