Bioética Interseccional

Uma perspectiva Latino-Americana, Decolonial e Feminista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47284/cdc.v24iesp.2.18990

Palavras-chave:

Interseccionalidade, Autonomia Relacional, Justiça Social, Reconhecimento, Redistribuição

Resumo

Para uma ética social latino-americana, que assume a tensão dialética entre as condições de colonialidade e os processos de libertação, é possível incorporar problemas de reconhecimento e redistribuição como critérios bioéticos capazes de uma combinação proveitosa com os princípios de autonomia e justiça, para ampliar seus significados em termos de autonomia relacional e justiça social, possibilitando práticas transformadoras. No centro está a noção de interseccionalidade, cuja compreensão se tensiona entre dois sentidos de análise: da redistribuição ou do reconhecimento. Com esses elementos organizamos uma cartografia que nos permite avançar nas respostas sobre se a interseccionalidade é ou não funcional ao sistema naqueles espaços onde emergem dilemas bioéticos. Caso contrário: pode fornecer uma pista para avançar na transformação das desigualdades e elucidar que tipo de justiça social é reivindicado em vista da inclusão participativa? Além disso, que sombras essas formas de inclusão apresentam? Nas conclusões alertamos para não cairmos no uso meramente formalizado da noção de justiça social interseccional, apontamos a necessidade de redefinir a interseccionalidade e a autonomia relacional em termos políticos e sugerimos a sua operacionalização com base nas necessidades de espaços específicos de ação.

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Biografia do Autor

Adriana María Arpini, Instituto de Ciencias Humanas, Sociales y Ambientales; Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas

Dutora em Filosofia, professora de graduação e pós-graduação na Universidade Nacional de Cuyo e pesquisadora principal do CONICET na área de Filosofia Prática e História das Ideias Latino-Americanas

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Publicado

28/11/2024