The politics of memes and the memes of politics

the viral fever of the “vão gostar” slogan in the 2022 electoral campaign in Angola on digital platforms

Authors

DOI:

https://doi.org/10.47284/cdc.v25iesp1.19664

Keywords:

Memes, Internet, Collective Action, Electoral Campaign, Political Marketing

Abstract

In August 2022, Angola held its fifth general election since the regime transition of 1991-1992. This election was marked by high polarization and intense mobilization on digital platforms. This study analyses the role of memes, with an emphasis on the slogan “Vão Gostar” as a tool of political action during the electoral period. This slogan represents a transformation in political communication, with memes emerging as relevant forms of social and political engagement in the digital age. The research adopted a qualitative approach, with data collected through algorithms, screenshots, and caricatures obtained between 2020 and 2024 from profiles, pages, and groups on Facebook and Instagram. We conclude that the political meme “Vão Gostar” adapted political discourse to the digital environment, making it more accessible, especially to young people, and challenging the status quo by questioning political structures and influencing public opinion. Therefore, political leaders and parties have used political memes as a strategic tool to win over new voters and activists. However, this practice is also part of a culture of hatred and misinformation.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

José Manuel Mussunda da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutorando em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL/RS). Possui Especialização em Ensino de Sociologia pelo Instituto Nacional de Ensino (INE). Bacharel em Humanidades (2020) e Licenciando em Sociologia pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB. Foi Presidente da Associação dos Estudantes Angolanos na UNILAB (2021-2022). Foi Membro e Coordenador para Área de Relação Étnico-Racial do Centro Acadêmico de Humanidades (CA's) UNILAB-CE (2018-2019). Pesquisador do grupo: World Values Survey - Brazil (WVS-UFRGS) - maior pesquisa empírica mundial sobre bases sociais e política. Áreas de Interesse: Democracia, participação política, cultura política, capital social, juventude, ativismo cívico. Linha de Pesquisa: Cultura Política.

References

ALVES, F. F. Marketing político e eleitoral: um estudo sobre as estratégias e ferramentas necessárias para a construção de uma campanha política. Monografia (Faculdade de administração e ciências contábeis) — Universidade Federal do Rio de Janeiro: UFRJ, 2018. Disponível em: https://pantheon.ufrj.br/handle/11422/11704. Acesso em: 12 ago. 2021.

ANTÓNIO, N. D. El Teatro Elinga: el arte de la resistencia en Angola. In: LUCCA, J. B.; LOGIÓDICE, M. J.; AL-AZRAKI, A. (orgs.). Teatro y política en perspectiva comparada. 1. ed. Rosario: UNR Editora, 2021.

ASSIS, L G.; ROCHA, V. S. Populismo digital, pós-verdade, desinformação e memes: análise de conteúdo do grupo do Facebook Bolsonaro Presidente 2022-Eu Apoio!. In: ABCIBER XIV-SIMPÓSIO NACIONAL DA ABCIBER 2021. 2022. Disponível em: https://abciber.org.br/simposios/index.php/abciber/abciber14/paper/view/1715/825. Acesso em: 8 ago. 2024.

BAQUERO, M; BAQUERO, R. V. A; MORAIS, J. A. d. Socialização política e internet na construção de uma cultura política juvenil no sul do Brasil. Educação & Sociedade, v. 37, n. 137, p. 989-1008, 2016. DOI: 10.1590/ES0101-73302016166022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/6FdqNHNFHnMPJfg7xzBZSys. Acesso em: 10 jan. 2021.

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

BECKER, H. S. Outsiders: estudos de sociologia do desvio. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. DOI: 10.1590/S0104-93132009000200011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/mana/a/JGVFMtYWY5btd3VHHB78frS. Acesso em: 21 fev. 2023.

CALINGAERT, D. Election rigging and how to fight it. Journal of Democracy, v. 17, n. 3, p. 138-151, 2006. Disponível em: https://www.journalofdemocracy.org/articles/election-rigging-and-how-to-fight-it/. Acesso em: 23 mar. 2020.

CARVALHO, F. C. F. Celebridades na política: campanha e eleição de Tiririca nas redes sociais. 2010. Monografia (Graduação em Comunicação: Imagens e Culturas Midiáticas) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2010. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/VRNS-9N4NCS; Acesso em: 9 jan. 2023.

CASTELLS, M. Sociedade em Rede. 8.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000. v. 1.

CESAR, C. M; HOFF, R. S. O humor e a produção de sentido da política: o caso do coletivo Porta dos Fundos. In: Anais do VII Congresso da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política (VII COMPOLÍTICA), na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 2017.

CHAGAS, V. A febre dos memes de política. Revista FAMECOS, [S. l.], v. 25, n. 1, p. ID27025, 2018. DOI: 10.15448/1980-3729.2018.1.27025. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/revistafamecos/article/view/27025. Acesso em: 20 ago. 2023.

CHAGAS, V. Meu malvado favorito: os memes bolsonaristas de WhatsApp e os acontecimentos políticos no Brasil. Estudos Históricos, v. 34, n. 72, p. 169-196, 2021. DOI: 10.1590/S2178-149420210109. Disponível em: https://www.scielo.br/j/eh/a/vXzQKJb4KJY4LV7ZXXGSzvH/?lang=pt. Acesso em: 15 set. 2022.

CHAGAS, V.; SANTOS, J. G. B. A revolução será memetizada: engajamento e ação coletiva nos memes dos debates eleitorais em 2014. E-Compós, [S. l.], v. 20, n. 1, 2017. DOI: 10.30962/ec.1252. Disponível em: https://www.e-compos.org.br/e-compos/article/view/1252. Acesso em: 10 ago. 2023.

CHAGAS, V; FREIRE, F. A; RIOS, D; MAGALHÃES, D. A política dos memes e os memes da política: proposta metodológica de análise de conteúdo de memes dos debates eleitorais de 2014. Intexto, Porto Alegre, n. 38, p. 173-196, 2017. DOI: 10.19132/1807-8583201738.173-196. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/63892. Acesso em: 04 ago. 2021.

DAWKINS, R. O gene egoísta. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

DELMAZO, C; VALENTE, J. CL. Fake news nas redes sociais online: propagação e reações à desinformação em busca de cliques. Media & Jornalismo, v. 18, n. 32, p. 155-169, 2018. Disponível em: https://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-54622018000100012. Acesso em: 23 set. 2024.

FELICIANI, M. Z; BORELLI, V. Política e memes: uma análise da ressignificação de Barbie (2023) por personalidades políticas brasileiras. Aurora: Revista de Arte, Mídia e Política, v. 17, n. 49, p. 174-199, 2024. DOI: 10.23925/1982-6672.2024v17i49p174-199. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/aurora/article/view/66456. Acesso em: 12 dez. 2024.

FRANGO, P. C. B; GRANGER, S. C. C. C. Da origem das espécies ao gene egoísta: uma reflexão em torno do evolucionismo. PSIQUE-Anais de Psicologia, v. 5, p. 7-18, 2009. Disponível em: https://repositorio.grupoautonoma.pt/entities/publication/4b294644-3a1b-4fd0-b16b-89bac857e2ab. Acesso em: 17 mar. 2020.

FREIRE, F. A. Eleições da Zueira: Memes, humor e política nas eleições presidenciais de 2014. 2016. 149 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/9030. Acesso em: 30 mai. 2023.

FREITAS, M. P; SANTOS NETO, M. B. Comunicação e marketing político em tempos de mídias digitais. s.d.

GARCÍA, I. G. Los imemes como vehículos para la opinión pública. Versión. Estudios de comunicación y política, n. 35, p. 147-159, 2015. Disponível em: https://versionojs.xoc.uam.mx/index.php/version/article/view/603. Acesso em: 13 nov. 2020.

GIDDENS, A. As Consequências da Modernidade. São Paulo: UNESP, 1991.

GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada, 4.ed. Tradução por Mathias Lambert. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.

GONZALEZ HERNANDEZ, E. M.; FIGUEROA DAZA, J. E.; MEYER, J.-H. Los memes y la política. ¿Por qué algunos memes se vuelven virales y otros no?. IC Revista Científica de Información y Comunicación, [S. l.], n. 16, 2019. Disponível em: https://icjournal-ojs.org/index.php/IC-Journal/article/view/468. Acesso em: 20 nov. 2022.

GUTIÉRREZ, Á. El uso estratégico del meme en comunicación política. Dissertação (Mestrado em Comunicação Política) – Instituto de Comunicação e Imagem, Universidad de Chile, Santiago do Chile, 2019. Disponível em: https://repositorio.uchile.cl/handle/2250/170229. Acesso em: 23 set. 2021.

HRISTOVA, S. Visual memes as neutralizers of political dissent. tripleC: Communication, Capitalism & Critique. Open Access Journal for a Global Sustainable Information Society, v. 12, n. 1, p. 265-276, 2014. DOI: 10.31269/triplec.v12i1.507. Disponível em: https://www.triple-c.at/index.php/tripleC/article/view/507Acesso em: 21 ago. 2023.

KEMPOS (Kepios) / DataReportal. Digital 2024: Angola. DataReportal, fev. 2024. Disponível em: https://datareportal.com/reports/digital-2024-angol. Acesso em: 4 set. 2025.

LENHARD, R. Sociologia Geral. 6. ed. São Paulo: Livraria Pioneira, 1973.

LIMA, M. C. O. Marketing eleitoral. São Paulo: E-book, 2002.

MAERZ, S. F. The many faces of authoritarian persistence: a set-theory perspective on the survival strategies of authoritarian regimes. Government and Opposition, v. 55, n. 1, p. 64-87, 2018. DOI: 10.1017/gov.2018.17. Disponível em: https://www.cambridge.org/core/journals/government-and-opposition/article/abs/many-faces-of-authoritarian-persistence-a-settheory-perspective-on-the-survival-strategies-of-authoritarian-regimes/7FCA47E0A5C484EB18A0744E04641886. Acesso em: 15 jun. 2023.

MAKHORTYKH, M. Everything for the Lulz: Historical Memes and World War II Memory on Lurkomor ‘e. Digital Icons: Studies in Russian, Eurasian and Central European New Media, v. 13, p. 63-90, 2015.

MANHANELLI, A. C. Eleição é Guerra. São Paulo: Summus, 1992.

MARQUES, M. S. C. Blogs como meios de resistência a governos totalitários: exemplo dos blogueiros independentes de Cuba. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 33., 2010, Caxias do Sul. Anais... São Paulo: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, 2010.

MATOS, A. S. M. C; GOMES, A. S. T. Memes políticos e dessubjetivação: o ocaso da phoné na política contemporânea brasileira. Veritas, [S. l.], v. 64, n. 3, p. e34035, 2019. DOI: 10.15448/1984-6746.2019.3.34035. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/veritas/article/view/34035. Acesso em: 20 ago. 2022.

MINISTÉRIO DAS TELECOMUNICAÇÕES, TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO SOCIAL (MINTTICS). Número de utilizadores de internet em Angola duplicou para 12 milhões entre 2020 e 2024. MINTTICS, 9 maio 2025. Disponível em: https://minttics.gov.ao/ao/noticias/numero-de-utilizadores-de-internet-em-angola-duplicou-para-12-milhoes-entre-2020-e-2024/. Acesso em: 3 set. 2025.

MPLAoficial. Benguela – Candidato do MPLA: Acto de apresentação pública do candidato do MPLA à Presidente da República… [recurso eletrônico]. YouTube, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9b3g-FXrTN4. Acesso em: 4 set. 2024.

OBSERVADOR. Angola: artigo do Código Penal que condena ultraje ao Presidente visto como ameaça à liberdade de expressão. Observador, 17 nov. 2020. Disponível em: https://observador.pt/2020/11/17/angola-artigo-do-codigo-penal-que-condena-ultraje-ao-presidente-visto-como-ameaca-a-liberdade-de-expressao/. Acesso em: 4 set. 2025.

OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA. Fraude eleitoral em teatro. [recurso eletrônico]. YouTube, 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=R9WldNQUVZY. Acesso em: 3 set. 2024.

QUENTAL, A. J. R. P. Doomer: memes, redes sociais, desinformação e o crescimento da extrema-direita. 2022. Dissertação (Mestrado em Design de Comunicação) – Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas Artes, Lisboa, 2022. Disponível em: https://repositorio.ulisboa.pt/handle/10451/56913. Acesso em: 23 jan. 2024.

REGO, F. G. T. Marketing Político e Governamental: um roteiro para campanhas políticas e estratégias de comunicação. 6. ed. São Paulo: Summus, 1985.

ROLÁN, X. M; OTERO, T. P. El uso de los memes en la conversación política 2.0. Una aproximación a una movilización efímera. Revista Prisma Social, [S. l.], n. 18, p. 55–84, 2017. Disponível em: https://revistaprismasocial.es/article/view/1468. Acesso em: 13 ago. 2022.

ROQUE, P. C.; BOIO, D. Revelando uma ditadura – a nova lei de segurança de Angola. Rádio Angola, 23 fev. 2024. Disponível em: https://radioangola.org/revelando-uma-ditadura-a-nova-lei-de-seguranca-de-angola/. Acesso em: 4 set. 2025.

SCHEDLER, A. Elections without democracy: The menu of manipulation. Journal of democracy, v. 13, n. 2, p. 36-50, 2002. Disponível em: https://www.journalofdemocracy.org/articles/elections-without-democracy-the-menu-of-manipulation/. Acesso em: 13 mai. 2023.

SHIFMAN, L. Memes in a digital world: Reconciling with a conceptual troublemaker. Journal of computer-mediated communication, v. 18, n. 3, p. 362-377, 2013. DOI: 10.1111/jcc4.12013. Disponível em: https://academic.oup.com/jcmc/article/18/3/362/4067545. Acesso em: 27 mai. 2022.

XIBERRAS, M. As teorias da exclusão: para uma construção do imaginário do desvio. Lisboa: Instituto Piaget, 1996.

Published

12/09/2025