A fascistização da indignação: as manifestações de 2015 no Brasil

Autores

  • Natalia Scartezini Doutoranda em Ciências Sociais. UNESP – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília – Pós-graduação em Ciências Sociais. Marília – SP –Brasil. 17.525-000

Palavras-chave:

Manifestações, Impeachment, Fascismo, Fascistização da indignação,

Resumo

Este artigo visa contextualizar e analisar as manifestações pró-impeachment de 2015 no Brasil. Indica-se que tais manifestações e o caráter altamente reacionário delas são resultantes de um movimento político-ideológico de cooptação das classes médias empreendido pela oposição à direita do governo da presidenta Dilma Rousseff desde 2013. Parte-se da perspectiva de que uma parcela significativa dos manifestantes das Jornadas de Junho de 2013, por seu caráter despolitizado e apartidário, foi decisiva para compor as grandes manifestações de 2015 engrossando, todavia, um coro reacionário com nítida inspiração fascista. Neste artigo busca-se estabelecer a conexão entre as ondas de protestos vivenciadas no país de 2013 a 2015 indicando seus pontos de dissonância, mas centrando a análise naquilo que as une de alguma forma: seu caráter apartidário, espaço aberto deixado pela esquerda e habilmente manipulado pela extrema- -direita. Busca-se, por fim, compreender como a revolta fascista é um recurso utilizado pelos setores da extrema-direita em tempos de crise econômica e hegemônica como fonte mobilizadora das massas.

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Biografia do Autor

Natalia Scartezini, Doutoranda em Ciências Sociais. UNESP – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília – Pós-graduação em Ciências Sociais. Marília – SP –Brasil. 17.525-000

Docente do Centro Universitário do Cerrado Patrocínio – UNICERP/MG. Doutoranda em Ciências Sociais pela UNESP de Marília/SP. Mestra em Sociologia e graduada em Ciências Sociais (bacharelado e licenciatura plena) pela UNESP de Araraquara/SP. Autora do livro "A ofensiva socialista na Venezuela: a práxis revolucionária bolivariana sob o prisma teórico de István Mészáros".

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Publicado

25/05/2016