O ensino-aprendizagem de outras línguas na escola pós BNCC

Enfoque nos dissensos políticos de gestão in vivo e in vitro para o pomerano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29051/el.v8i00.15053

Palavras-chave:

Política linguística, Línguas Alóctones, Pomerano, Educação Básica, LEM

Resumo

Este estudo traz à baila uma discussão que cinge à educação linguística em línguas adicionais alóctones, com enfoque no ensino de pomerano, problematizando a questão da democratização do ensino plurilíngue nas escolas públicas brasileiras. Objetivamos identificar possíveis óbices a partir da Lei nº 13.415 de 2017, que reformulou o ensino médio, e como consequência expurga das comunidades imigrantes (alóctones) o direito de escolha de outras línguas na escola, antes assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9394/1996. O estudo, constitui-se num trabalho de cunho descritivo e de abordagem qualitativa. Como base teórica apoiamo-nos nos estudos de Políticas Linguísticas de Calvet (2002,2004, 2007) e outros. Como resultados, apontamos os modelos de políticas linguísticas educacionais que resistem às diretrizes monolíngues e promovem o plurilinguismo escolar, tomando como exemplo as medidas de promoção do pomerano, gerenciadas pelas próprias comunidades (gestão in vivo) e pelos governos locais (in vitro).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Otávio de Oliveira Silva, Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC-SP), São Paulo – SP – Brasil

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC-SP), São Paulo – SP – Brasil. Professor de Educação Básica II. Mestre em Letras (USP).

Referências

BOÇOEN, R.; VIEIRA, A. M. D. P. As escolas étnicas polonesas e as leis de nacionalização do ensino (1889-1930). Horizontes, v. 35, n. 2, p. 59-68, ago. 2017. Disponível em: https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/375. Acesso em: 31out. 2020.

BOURDIEU, P. Escritos de educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ Constituiçao.htm. Acesso em: 10 ago. 2021.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 14 abr. 2021.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a Base. Brasília: MEC; SEB, 2020. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 14 abr. 2021.

CALVET, L J. Sociolinguística - uma introdução crítica. São Paulo: Parábola, 2002

CALVET, L. J. Language wars and linguistic politics. Oxford: Oxford University Press, 1998.

CALVET, L. J. Por una ecoloxía das linguas do mundo. Compostela: Edicións Laiovento, 2004.

CALVET, L. J. As Políticas Linguísticas. São Paulo: Parábola, 2007.

DETTMANN, J. M; KÜSTER, S. B. O pomerano no contexto escolar: Por uma pedagogia culturalmente sensível. In: REUNIÃO NACIONAL DA ANPEd, 37., 2015, Florianópolis. Anais[...]. Florianópolis: UFSC 2015. Disponível em: https://anped.org.br/sites/default/files/poster-gt03-4399.pdf. Acesso em: 31 out. 2020

DUBOC, A. P. Falando francamente: Uma leitura bakhtiniana do conceito de “inglês como língua franca” no componente curricular língua inglesa da BNCC. Revista da ANPOLL, Florianópolis, v. 1, n. 48, p. 10-22, jan./jun. 2019. Disponível em: https://revistadaanpoll.emnuvens.com.br/revista/article/view/1255/1021. Acesso: 31 maio 2020.

FOERSTE, E.; FOERSTE, G. M. S. Língua, cultura e educação do povo tradicional pomerano. Educ. Rev., Belo Horizonte, v. 33, e153099, 2017. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982017000100114&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 31 out. 2020.

FOERSTE, E. B. J.; DETTMANN, J. M. Língua pomerana na escola: práticas docentes e diversidade linguística. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v. 24, e240011, 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782019000100210&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 31 out. 2020.

GARCIA, O., OTHEGUY, R. Plurilingualism and translanguaging: Commonalities and divergences. International Journal of Bilingual Education and Bilingualism, v. 23, n. 1, p. 17-35, 2020. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/13670050.2019.1598932. Acesso em: 14 nov. 2020.

HORNBERGER, N. H. Frameworks and Models in Language Policy and Planning. In: RICENTO, T. (org.). An Introduction to Language Policy: Theory and method. Oxford: Blackwell Publishing, 2006.

JORDÃO, C. M. ILA – ILF – ILE – ILG: Quem dá conta? RBLA, Belo horizonte, v. 14, n.1, p. 13-40, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbla/v14n1/a02v14n1.pdf. Acesso em: 12 mar. 2021.

KHUBCHANDANI, L Plurilingual Ethos: A peep into the sociology of language. Journal of Applied Linguistics, v. 24, n. 1, p. 5-37, jan./jun. 1998. Disponível em: https://eric.ed.gov/?id=ED431312. Acesso em: 14 set. 2020.

OLIVEIRA, G. M. (org.). Declaração Universal dos Direitos Linguísticos: Novas perspectivas em política linguística. Florianópolis, SC: IPOL, 2003.

OLIVEIRA, G. M. Plurilinguismo no Brasil. Brasília, DF: UNESCO; IPOL, 2008. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0016/001611/161167por.pdf. Acesso em: 31 maio 2020.

PENNYCOOK, A. Post-Modernism in Language Policy. In: RICENTO, T. (org.). An Introduction to Language Policy: Theory and method. Oxford: Blackwell Publishing, 2006,

PENNYCOOK, A. The Myth of English as an International Language. In: PENNYCOOK, A.; MAKONI, S. (eds.). Desinventing and Reconstituting Languages. Clevendon: Multilingual Matters, 2007.

RICENTO, T. (org.) An Introduction to Language Policy: Theory and method. Oxford: Blackwell Publishing, 2006.

RODRIGUES, F. S. C. Língua viva, letra morta: Obrigatoriedade e ensino de espanhol no arquivo jurídico e legislativo brasileiro. 2010. Tese (Doutorado em Língua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-Americana) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

ROTHER, E. T. Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta paul. enferm., São Paulo, v. 20, n. 2, p. 5-6, jun. 2007. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002007000200001&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 24 abr. 2021.

SILVA, O. O. O Centro de Estudos de Línguas (CEL) na história do ensino de língua japonesa nas escolas públicas paulistas. 2017. 178f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

SPOLSKY, B. A modified and enriched theory of language policy (and management). Language Policy, n. 18, p. 323–338, 2019. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s10993-018-9489-z#citeas. Acesso em: 17 set. 2020.

Publicado

30/03/2022

Como Citar

SILVA, O. de O. O ensino-aprendizagem de outras línguas na escola pós BNCC: Enfoque nos dissensos políticos de gestão in vivo e in vitro para o pomerano . Revista EntreLinguas, Araraquara, v. 8, n. 00, p. e022037, 2022. DOI: 10.29051/el.v8i00.15053. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/entrelinguas/article/view/15053. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos