O aprendiz de PLAc em situação de refúgio: o que a “voz” da docência revela
DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v7i00.15368Palavras-chave:
Língua de Acolhimento (PLAc), Narrativas, Representações, Ensino de portuguêsResumo
O aprendiz de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) tem sido uma realidade, cada vez mais, frequente em escolas públicas brasileiras. Este artigo apresenta uma análise da “voz” docente de duas professoras-colaboradoras sobre o desafio pedagógico em atender a esse público-alvo. O aporte teórico-metodológico fundamenta-se na Análise de Discurso Crítica (ADC), precisamente as contribuições de Fairclough (2001), observando aspectos de sua representação como profissional, da representação que elas têm de seus alunos e de como percebem o Brasil como um país acolhedor. Além disso, os estudos de Barbisan e Megid (2018) e de Clandinin e Rosiek (2007), sobre narrativas são os pilares deste trabalho. Comenta-se rapidamente Língua de Acolhimento (LAc), à luz de Ançã (2008; 2013), Audras et al. (2020), Barbosa e São Bernardo (2017), entre outros. Os resultados revelam representações que demandam modus operandi peculiares a um público que necessita de acolhimento.
Downloads
Referências
ANÇÃ, M. H. Português-língua de acolhimento: entre contornos e aproximações. In: CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE HISTÓRIA E SITUAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM ÁFRICA E TIMOR, 2003, Lisboa. Anais [...]. Lisboa, Portugal: Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 2003. p. 1-6. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Xingu. Acesso em: 26 jul. 2021.
ANÇÃ, M. H. Língua portuguesa em novos públicos. Saber (e) educar, Porto (Portugal), n. 13, p. 71-87, 2008. Disponível em: http://repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/924/2/SeE_13LinguaPortuguesa.pdf. Acesso em: 10 out. 2020.
AUDRAS, I. et al. Pratiques co-educatives plurilingues innovantes: regards d’acteurs sur leur experience et perspectives pour la recherche. In: RAMOS, A. A. L.; LIMA, R. (org.). Mobilidades linguístico-culturais: reflexões epistêmicas para o ensino. Rio de Janeiro, RJ: Macunaima, 2020.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Trad. P. Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BARBISAN, C.; MEGID, Maria Auxiliadora Bueno Andrade. Categorias de narrativas: principais usos em pesquisas e formação de pedagogas. ETD-Educação Temática Digital, v. 20, n. 4, p. 979-996, 2018.
BARBOSA, L. M. A.; SÃO BERNARDO, M. A. Língua de Acolhimento. In: CAVALCANTI, L. (org.). Dicionário Crítico de Migrações Internacionais. Brasília, DF: Editora UnB, 2017.
BAUMAN, Z. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar, 2005.
CLANDININ, D. J.; ROSIEK, J. Mapping a landscape of narrative inquiry: Borderland spaces and tensions. In: CLANDININ, D. J. (Ed.), Handbook of narrative inquiry: Mapping a methodology. Thousand Oaks, CA: Sage, 2007. p. 35-75.
EUZÉBIO, U.; REBOUÇAS, E. M.; LOPES, L. P. S. Língua de acolhimento: demandas e perspectivas subjacentes ao conceito, e a prática pedagógica no contexto brasileiro. In: GUIMARAES, D. N.; ANDRE, B. P. (org.). Educação e diversidade: diálogo intercultural. Rio de Janeiro, RJ: Multicultural, 2018. p. 59-83.
FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Brasília, DF: Editora UnB, 2001.
GROSSO, M. Língua de acolhimento, língua de integração. Horizontes de Linguística Aplicada, v. 9, n. 2, p. 61-77, 2010.
MARCUSCHI, L. A. Cognição, linguagem e práticas interacionais. Rio de Janeiro, RJ: Lucerna, 2007.
RAMOS, A. A. L.; ALBUQUERQUE, R. Pesquisa e ensino de português brasileiro como língua adicional a imigrantes: o projeto Samambaia (DF). In: LIMA, R.; REIS, M. G. M. (org.) Culturas e imaginários: deslocamentos, interações, superposições. Rio de Janeiro, RJ: 7 Letras; Brasília: FAPDF, 2018.
SILVA, C. S. A política brasileira para refugiados (1998-2012). 2013. 292 f. Tese (Doutorado em Ciência Política) – Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os manuscritos aceitos e publicados são de propriedade da Revista EntreLínguas. Os artigos publicados e as referências citadas na Revista EntreLínguas são de inteira responsabilidade de seus autores.
Transferência de direitos autorais – autorização para publicação
Caso o artigo submetido seja aprovado para publicação, já fica acordado que o(s) autor(es) autoriza(m) a UNESP a reproduzi-lo e publicá-lo na EntreLínguas, entendendo-se os termos “reprodução” e “publicação” conforme definição respectivamente dos incisos VI e I do artigo 5° da Lei 9610/98. O artigo poderá ser acessado pela rede mundial de computadores (Internet), sendo permitidas, a título gratuito, a consulta e a reprodução de exemplar do artigo para uso próprio de quem a consulta, desde que haja a citação ao texto consultado. Essa autorização de publicação 328 EntreLínguas, Araraquara, v. 1, n .2, p. 323-328, jul./dez. 2015 não tem limitação de tempo, ficando a UNESP responsável pela manutenção da identificação do(s) autor(es) do artigo. Os artigos publicados e as referências citadas na Revista EntreLínguas são de inteira responsabilidade de seus autores.