O programa Minha Casa, Minha Vida e a sociologia relacional de Pierre Bourdieu

A construção social de um mercado

Autores

  • James Santos Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Palmeira dos Índios – AL – Brasil https://orcid.org/0000-0002-5491-3716
  • Nathália Teixeira Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Palmeira dos Índios – AL – Brasil

DOI:

https://doi.org/10.29373/sas.v11iesp.1.17629

Palavras-chave:

Habitação, Minha Casa, Minha Vida, Construção social dos mercados

Resumo

O artigo em questão tem como objeto de pesquisa o Programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. O espaço temporal de análise deste programa abarcará os anos de 2009 a 2018 – dentro dos governos Lula e Dilma. Além disso, será também localizado espacialmente, pois as ações construtivas serão vistas a partir do município de Palmeira dos Índios – AL. As variáveis a serem usadas na análise, serão ligadas as questões técnicas da Engenharia Civil, além de questões sociais e políticas, a saber: Produção (relacionada a qualidade); Inspeção (relacionada a fiscalização e a regulação); e efetividade (relacionada responsabilidade estatal – Accountability). Para tanto, faremos uso da ideia de construção social de mercados, presente no livro Estruturas sociais da economia, de Pierre Bourdieu, além das noções de construção social de mercados e direitos, presentes em Polanyi e Marshall, respectivamente. Temos como base metodológica, as abordagens qualitativa e quantitativa, evidenciadas pelo uso de técnicas que envolvem: análise de documentos e observações de campo.

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Biografia do Autor

James Santos, Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Palmeira dos Índios – AL – Brasil

Professor de Sociologia, departamento de Formação Geral.

Nathália Teixeira, Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Palmeira dos Índios – AL – Brasil

Aluna do curso de Engenharia Civil.

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Publicado

26/12/2022

Como Citar

SANTOS, J.; TEIXEIRA, N. O programa Minha Casa, Minha Vida e a sociologia relacional de Pierre Bourdieu: A construção social de um mercado. Revista Sem Aspas , Araraquara, v. 11, n. esp.1, p. e022025, 2022. DOI: 10.29373/sas.v11iesp.1.17629. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/semaspas/article/view/17629. Acesso em: 28 mar. 2024.