Reinserção social, drogadição e a população carcerária feminina do sistema fechado no Distrito Federal
DOI:
https://doi.org/10.26673/tes.v9i0.9588Palavras-chave:
Terapia comunitária Integrativa, Privação de Liberdade, Reinserção Social,Resumo
Este trabalho descreve as experiências nas rodas de Terapia Comunitária Integrativa (TCI) no Sistema Fechado da Penitenciária Feminina do DF. Observou-se que nenhum trabalho semelhante era realizado com a população do sistema fechado no DF. Surgiu então o interesse de realizar com essa população rodas de TCI. Sabe-se que muitos crimes são motivados pelo uso de drogas. Esse vínculo indivíduo x droganão é rompido com a prisão. Lá, não é oferecido tratamento e isto proporciona a prática de novos crimes, quando as pessoas são postas em liberdade. As relações são conflituosas, os vínculos são frágeis e muitas preferem ficar no anonimato. As Rodas tiveram como foco principal: formar espaço de acolhimento e escuta respeitosa; partilha dos caminhos já trilhados por outras presas com problemas semelhantes; resgate da autoestima e espera de dias melhores. O método foi o resgate de cantigas de roda e dinâmicas de grupo. As mulheres em situação de privação de liberdade que participaram da TCI e das oficinas de artesanato, conquistaram espaço para exposição dos seus trabalhos em feiras, tiveram autoestima elevada, criaram vínculos entre elas e despertaram para a autonomia e a solidariedade, melhorando suas condições de voltar ao convívio social.
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