Lendo em Francês leio o mundo: significações produzidas por alunos de uma escola pública amapaense sobre o ensino da Língua Francesa para a comunicação interfronteiriça

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29051/el.v6i2.14205

Palavras-chave:

Produção de significações, Língua francesa, Comunicação fronteiriça, Formação humana.

Resumo

Neste texto o objetivo é o de analisar as significações que alunos de uma escola pública amapaense vêm produzindo sobre o ensino da Língua Francesa para a comunicação interfronteiriça. Para alcançar o objetivo proposto, nos apropriamos dos pressupostos teórico-metodológicos da Teoria Histórico-Cultural/Teoria da Atividade. A questão que orientou esta pesquisa foi: Nos discursos dos alunos de uma escola pública amapaense, quais as suas possíveis significações (sentidos e significados) produzidas sobre o ensino da Língua Francesa para a comunicação interfronteiriça? Participaram do estudo 5 (cinco) alunos do 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública amapaense, localizada na divisa Brasil/Guiana francesa que tem a disciplina Língua Francesa como componente curricular obrigatório. Especificamente sobre a produção dos dados, se empregou a entrevista semiestruturada. Os resultados da pesquisa evidenciam que se faz necessário pensar em políticas linguísticas que valorizem o ensino de línguas com enfoque em propostas culturalmente marcadas, que se baseiem, sobretudo, na relação entre língua e cultura. Além disso, os sentidos produzidos, a partir dos discursos dos alunos investigados, são demonstrativos de que, para estes alunos a aprendizagem da Língua Francesa medeia não somente a comunicação franca mas, também, a aprendizagem dos elementos da cultura francesa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mesaque Silva Correia, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina – PI

Professor Adjunto no Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino. Doutorado em Educação Física (USTJ).

Neuton Alves Araújo, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina – PI

Professor Permanente do Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física. Doutorado em Educação (USP).

Paulo Renzo Guimarães Junior, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina – PI

Graduando no Curso de Educação Física.

Referências

AMBADIANG, J. T. F. Language biographies and the analysis of language situations: on the life of the German community in the Czech Republic. International Journal of the Sociology of Language, n. 162, p. 63-83, 2018.

AGUIAR, W. M. J. (org.). Sentidos e significados do professor na perspectiva sócio-histórica: relatos de pesquisa. São Paulo: Casa do Pedagogo, 2006a.

AGUIAR, W. M. J.; OZELLA, S. Núcleos de significação como instrumento para a apreensão da constituição dos sentidos. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 26, n. 2, p. 222-245, 2006b.

ALAS-MARTINS, S. A intercompreensão de línguas românicas: proposta propulsora de uma educação plurilíngue. Revista Moara. Belém, n. 42, p. 117-126, jul./dez. 2014.

ALMEIDA FILHO, J. C. P. de. Linguística aplicada: Ensino de Línguas e Comunicação. 2. ed. Campinas, SP: Pontes Editores e ArteLingua, 2007.

ARAÚJO JR., B. As formas passivas. In: FANJUL, A.; GONZÁLEZ, N. M. (org.). Espanhol e português brasileiro: estudos comparados. São Paulo, Parábola, 2014. p. 133-157.

ASAGRANDE, S. Restrições de ocorrência do objeto direto anafórico no português brasileiro: gramática adulta e aquisição da linguagem. ReVEL, n. 6, p. 131-163, 2012.

BRASIL. Guia de livros didáticos: PNLD 2015: língua estrangeira moderna: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2014.

BRUN, M. (Re)construção identitária no contexto da aprendizagem de línguas estrangeiras. In: MOTA, K.; SCHEYERL, D. (org.). Recortes interculturais na sala de aula de línguas estrangeiras. Salvador: EDUFBA, 2004.

CEDRO, W. L.; MOURA, M. O. de. O conhecimento matemático do professor em formação iniciais: uma análise histórico-cultural do processo de mudança. In: MORETTI, V. D.; CEDRO, W. L. (org.). Educação Matemática e a teoria histórico-cultural: um olhar sobre as pesquisas. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2017. p. 87-121.

CORREIA, A. F. C. Escrita Criativa: práticas para o desenvolvimento e competências da escrita no 2º CEB. Orientador: Pedro Balaus Custódio. 2019. Dissertação (Mestrado em Ensino do 1º CEB e em Português e História e Geografia de Portugal do 2ºCEB) – Escola Superior de Educação de Coimbra, 2019.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GARCÍA PAREJO, I.; AMBADIANG, T. La enseñanza de lenguas no maternas en la era de las migraciones: la importancia de las biografías lingüísticas. Doblele. Español lengua extranjera. Revista de Lengua y Literatura, Barcelona, n. 4, p. 22-40, dez. 2018.

GASKINS, S., M, P. J; CORSARO, W. A. Theoretical and methodological perspectives. New directions for child development. San Francisco, CA: Jossey-Bass, 1992. v. 58.

LEONTIEV, A. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizonte, 1978.

LEONTIEV, A. Activiadade e consciência. In: MAGALHÃES-VILHENA, V. Práxis: a categoria materialista de prática social. Lisboa: Livros Horizonte, 1980. p. 49-77.

LEONTIEV, A. Actividade, consciência, personalidade. Playa, Ciudad de La Habana: Editorial Pueblo y Educación, 1983.

LEONTIEV, A. Uma contribuição à teoria do desenvolvimento da psique infantil. In: VIGOTSKI, L.; LURIA, A.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 2018. p. 59-83.

LIMA, J. R de. O desafio da escola em trabalhar com a diversidade. Revista Memento, Três Corações, v. 3, n. 1, jan./jul. 2012.

LONGAREZI, A. M.; FRANCO, P. L. J. Atividade pedagógica na unidade significado social-sentido pessoal. In: LONGAREZI, A, M.; PUENTES, R. V. Fundamentos psicológicos e didáticos do ensino desenvolvimental. Uberlândia, MG: EDUFU, 2017. p. 265-291.

MALAVER, I. Autobiografia linguística. Atitudes, crenças e reflexões para o ensino de línguas. Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 6, n. 1, p. 176-193, jan./jun., 2020.

SARMENTO, S. ReVEL na escola: programa nacional do livro didático de língua estrangeira. ReVEL, v. 14, n. 26, p. 34-48, 2016.

SANTOS, P.G. S; PORTO, J. L. R. Novos usos da fronteira Amapá-Guiana Francesa:

Expectativas de construção e ensaios de cooperação. Revista Geonorte, Manaus, v. 4, n. 12, p. 1152-1168, 2013.

TONET, I. Educação e formação humana. Ideação – Revista do Centro de Educação e Letras da Unioste, Foz do Iguaçu, v. 8, n. 9, p. 9-21, 2006.

VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.

WOLF-FARRÉ, P. El concepto de la Biografía Lingüística y su aplicación como herramienta lingüística. Lengua y Habla, n. 22, p. 45-54, 2018.

Publicado

19/09/2020

Como Citar

CORREIA, M. S.; ARAÚJO, N. A.; GUIMARÃES JUNIOR, P. R. Lendo em Francês leio o mundo: significações produzidas por alunos de uma escola pública amapaense sobre o ensino da Língua Francesa para a comunicação interfronteiriça. Revista EntreLinguas, Araraquara, v. 6, n. 2, p. 419–435, 2020. DOI: 10.29051/el.v6i2.14205. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/entrelinguas/article/view/14205. Acesso em: 10 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos