A ausência do diálogo no processo de formação profissional em saúde no ensino remoto: impactos na aprendizagem e na saúde mental de acadêmicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26673/tes.v16i2.14403

Palavras-chave:

Formação profissional, Ensino remoto, Diálogo, Aprendizagem, Saúde mental

Resumo

Neste texto o objetivo é o de analisar as significações que alunos vêm produzindo sobre o processo de formação profissional em saúde no ensino remoto. Com o intuito de alcançar o objetivo proposto, nos apropriamos dos pressupostos teóricos e metodológicos da Pedagogia Freireana especialmente dos pressupostos da categoria diálogo. A questão que orientou esta pesquisa foi: Nos discursos dos alunos e professores dos cursos de graduação da área da saúde de uma universidade pública do Piauí, quais as suas possíveis significações (sentidos e significados) produzidas sobre o processo de formação profissional no ensino remoto? Participaram do estudo 10 (dez) acadêmicos, sendo 5 (cinco) do curso de licenciatura em Educação Física e 05 do curso de bacharelado em Psicologia. Especificamente sobre a produção dos dados, se empregou a entrevista semiestruturada que foi realizada no período de 5 a 7 de outubro de 2020. Os resultados da pesquisa evidenciam que o ensino centrado no docente, ancorado na dinâmica da escuta, na impossibilidade de dizer a palavra, de interação e troca de experiências dificulta o processo de produção de conhecimentos. Além disso, os sentidos produzidos a partir dos discursos dos acadêmicos investigados evidenciam que a ausência do diálogo, além de impossibilitar o pronunciamento do mundo através da palavra, institui a cultura do fingir ensinar e do fingir aprender. Para eles, essa situação provoca dor e sofrimento, por se sentirem culpados com relação ao processo de ensino. O que por sua vez, acaba impactando na saúde mental. Consideramos que os sentidos produzidos pelos alunos, dos cursos de Educação Física e Psicologia ao processo de formação profissional em saúde no ensino remoto, os levaram à tomada de consciência quanto ausência do diálogo que dificulta a aprendizagem e impacta na saúde mental.

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Biografia do Autor

Mesaque Silva Correia, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina – PI

Professor no Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino (DMTE). Doutorado em Educação Física (USJT).

Neuton Alves Araújo, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina – PI

Professor Adjunto no Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino. Doutorado em Educação (USP).

Bruna Gabriela Marques, Universidade São Judas Tadeu (USJT), São Paulo – SP

Professora nos Cursos de Graduação e de Mestrado em Educação Física. Doutorado em Educação Física (USJT).

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Publicado

27/08/2020

Como Citar

CORREIA, M. S.; ARAÚJO, N. A.; MARQUES, B. G. A ausência do diálogo no processo de formação profissional em saúde no ensino remoto: impactos na aprendizagem e na saúde mental de acadêmicos. Temas em Educação e Saúde , Araraquara, v. 16, n. 2, p. 648–663, 2020. DOI: 10.26673/tes.v16i2.14403. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/tes/article/view/14403. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos - Área da Educação

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