Educação alimentar na escola: para além da abordagem biológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26673/rtes.v13.n1.jan-jun2017.2.9490

Palavras-chave:

Educação e saúde. Educação alimentar. Alimentação.

Resumo

O comportamento alimentar do ser humano não se resume à ingestão de alimentos, ou seja, comemos não apenas para manter as atividades vitais, mas recorremos às refeições como forma de obter prazer, propiciar a convivência e conter determinadas ansiedades, por exemplo. Portanto, a alimentação é um processo complexo, que ultrapassa a necessidade biológica e recebe influência de vários fatores sociais, culturais, geográficos, religiosos ou afetivos. No entanto, no que diz respeito ao espaço escolar, a Educação Alimentar, no Brasil, ainda é predominantemente estudada e praticada adotando-se a perspectiva da saúde e da doença. Aqui se pretendeu questionar essa situação e propor uma reflexão a respeito da maneira como a Educação Alimentar escolar vem sendo tratada, ressaltando a importância de atuações e práticas que extrapolem a abordagem exclusivamente biológica.  

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariana de Senzi Zancul, Universidade de Brasília

Núcleo de Educação Científica,

Instituto de Ciências Biológicas

Universidade de Brasília (UnB) Brasil

Referências

AMPARO-SANTOS, L. Avanços e desdobramentos do marco de referência da educação alimentar e nutricional para políticas públicas no âmbito da universidade e para aspectos culturais da alimentação. Revista de Nutrição, Campinas, v.26, n.5, p.595-600, 2013.

ARANCETA BARTRINA, J. Realidad actual de los comedores escolares en España. In: MARTÍNEZ ALVAREZ, J. R.; POLANCO ALLUÉ, I. (coord.). El libro blanco de la alimentación escolar. Madrid: McGraw-Hill, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília, DF, 1998.

BRASIL. Alimentação escolar. MEC/FNDE. 2009.

BRASIL. Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Brasília, DF: MDS; Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2012.

CARNEIRO, H. Comida e sociedade: uma história da alimentação. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

CASTELL, G. S. Larousse da dieta e da nutrição. São Paulo: Larousse do Brasil, 2004.

COELHO, R. et al. Excesso de peso e obesidade prevenção na escola. Acta Med Port, v.21, p. 341-344, 2008.

DERAN, S. O peso das dietas: emagreça de forma sustentável dizendo não às dietas! São Paulo: Sensus, 2014.

DINIZ, M. C. P.; OLIVEIRA, T. C.; SCHALL, V. T. Saúde como compreensão de vida: avaliação para inovação na educação em saúde para o ensino fundamental. Revista Ensaio, v.12, n.01, p.119-144, 2010.

FERNANDES, M. H.; ROCHA, V. M.; SOUZA, D. B. A concepção sobre saúde do escolar entre professores do ensino fundamental (1ª a 4ª séries). História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 12, n. 2, p. 283-291, 2005.

FIORE E. G.; JOBSTRAIBIZER, G. A.; SILVA, C. S.; CERVATO-MANCUSO, A. M. Abordagem dos Temas Alimentação e Nutrição no Material Didático do Ensino Fundamental: interface com segurança alimentar e nutricional e parâmetros curriculares nacionais. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.21, n.4, p.1063-1074, 2012.

GAGLIANONE C. P. et al. Nutrition education in public elementary schools of São Paulo, Brazil: the Reducing Risks of Illness and Death in Adulthood project. Revista de Nutrição, Campinas, v.19, n.3, p.309-320, 2006.

GARCIA-ARNAIZ, M. Comer bien, comer mal: la medicalización del comportamiento alimentario. Salud Pública de México, v. 49, n. 3, p. 236-242, 2007.

GOBBI, L.S. A educação nutricional para a prevenção da obesidade infantil em uma instituição particular de ensino do município de Bauru – SP. 2005. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Ciências Farmacêuticas. – UNESP, Araraquara, 2005.

GREENWOOD, S. A.; FONSECA, A. B. Espaços e caminhos da educação alimentar e nutricional no livro didático. Ciências. Educação, Bauru, v. 22, n. 1, p. 201-218, 2016.

LYNG, N. et al. I. Reporting accuracy of packed lunch consumption among Danish 11-year-olds differ by gender. Food & Nutrition Research, v.57: 19621, 2013.

LOUREIRO, I. A importância da educação alimentar: o papel das escolas promotoras de saúde. Revista Portuguesa de Saúde Pública, v.22, n.2, p.43-55, 2004.

MOTTA, M. B.; TEIXEIRA, F. M. Educação Alimentar na escola por uma abordagem integradora nas aulas de Ciências. Inter- Ação, v. 37, n.2, p.359-379, 2012.

NASCIMENTO, A. M.; MAGALHÃES, M. C.; PAES, M. S. Enfermeiro e escola: uma parceria na prevenção da obesidade infantil. Revista Enfermagem Integrada, Ipatinga, v.4, n.1, p.742-754, 2011.

OLIVEIRA, G. M. S. M.; AUGUSTO, T. G. S. Análise dos artigos sobre Educação Alimentar publicados nas Atas do ENPEC. In: Anais do VII Encontro Nacional de Pesquisa e Ensino de Ciências. Florianópolis: ABRAPEC, 2009.

PACHECO, S. S. M. O hábito alimentar enquanto um comportamento culturalmente produzido. In: FREITAS, M. C. S.; FONTES, G. A.V.; OLIVEIRA, N. (org.). Escritas e narrativas sobre alimentação e cultura, Salvador, EDUFBA, 2008.

PIPITONE, M. A. P. A relação saúde educação na Escola de 1o grau. Rev. Alim. Nutr., v. 65, p. 48-52, 1994.

POLLAN, M. Em defesa da comida: um manifesto. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2008.

PRECIOSO, J. As Escolas Promotoras de Saúde: uma via para promover a saúde e a educação para a saúde da comunidade escolar. Educação, Porto Alegre, v.32, n.1, p.84-91, 2009.

RAMOS, F. P.; SANTOS, L. A. S.; REIS, A. B. C. Educação alimentar e nutricional em escolares: uma revisão de literatura. Cad. Saúde Públ., v.29, n. 11, p. 2147-2161, 2013.

RODRIGO, M. V.; EJEDA, J. M. M.; ARMENTA, M. C. Una década enseñando e investigando en Educación Alimentaria para Maestros. Revista complutense de educación, v. 24, n. 2, p. 243-265, 2013.

SANTOS, L. A. S. O fazer educação alimentar e nutricional: algumas contribuições para reflexão. Ciência & Saúde Coletiva, v.17, n. p.453-462, 2012.

SILVA, E. C. R.; FONSECA, A. B. Abordagens pedagógicas em Educação Alimentar e Nutricional em escolas do Brasil. In: Anais do VII Encontro Nacional de Pesquisa e Ensino de Ciências. Florianópolis: ABRAPEC, 2009.

TEO, C. R. P. A. Discursos e a construção do senso comum sobre alimentação o a partir de uma revista feminina. Saúde e Sociedade, São Paulo, v.19, n.2, p.333-346, 2010.

ZAFRA, E. La transversalidade de los processos de socialización en los comportamentos alimentarios de los niños y niñas. Nuevas propuestas para la educación alimentaria. Zainak, Cuadernos de Antropología-Etnografía, v. 34, p.33-60, 2011.

ZAFRA, E. Experiencias de aprendizaje alimentario desde lo corporal. Nuevas propuestas para la educación alimentaria. In: GARCIA- ARNAIZ, M. Alimentación, salud y cultura: encuentros interdisciplinares. Tarragona: URV, 2012. p. 41-60.

ZANCUL, M. S.; COSTA, S. S. Concepções de professores de ciências e de biologia a respeito da temática educação em saúde na escola. Experiências em Ensino de Ciências, v.7, n.2, p.67-75, 2012.

Downloads

Publicado

01/06/2017

Como Citar

ZANCUL, M. de S. Educação alimentar na escola: para além da abordagem biológica. Temas em Educação e Saúde , Araraquara, v. 13, n. 1, p. 14–23, 2017. DOI: 10.26673/rtes.v13.n1.jan-jun2017.2.9490. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/tes/article/view/9490. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos - Área da Educação

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.