Intervenção com famílias cujos filhos são surdocegos

Autores

  • Fatima Ali A. A. Cader-Nascimento Centro Universitário de Distrito Federal (UDF), Brasília - DF
  • Maria Piedade Resende da Costa

DOI:

https://doi.org/10.30715/rbpe.v19.n1.2017.10816

Palavras-chave:

Educação especial. Surdocegueira. Comunicação. Mediação.

Resumo

A família é o agente mediador primário entre o indivíduo e as demais unidades da sociedade. Sofre interferência nos casos da presença de uma alteração no desenvolvimento do filho. O presente estudo teve como objetivo implementar e avaliar um programa de intervenção que fornecesse oportunidades crescentes de desenvolvimento de  novas competências nos pais, em relação às possibilidades e as técnicas de comunicação mais viáveis com suas filhas surdocegas.  Participaram duas famílias que possuem filhas surdocegas (identificadas como 9F e 7F), pré-lingüísticas, ambas com surdez profunda bilateral associadas à baixa visão monocular. A coleta de dados ocorreu 106 encontros com as famílias, distribuídos em formas de atividades distintas: avaliação inicial, reuniões, aulas abertas, troca de informações, visitas às residências e avaliação final. O aspecto mais destacado pelas famílias foram o desenvolvimento e ampliação dos recursos de comunicação. Este fato promoveu mudanças positivas e importantes no comportamento das filhas. Provavelmente, o progresso e as conquistas obtidas pelos participantes só se tornaram viáveis em função dos contatos constantes estabelecidos entre a escola e o contexto familiar.

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Referências

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Publicado

01/01/2017

Como Citar

CADER-NASCIMENTO, F. A. A. A.; COSTA, M. P. R. da. Intervenção com famílias cujos filhos são surdocegos. DOXA: Revista Brasileira de Psicologia e Educação, Araraquara, v. 19, n. 1, p. 20–32, 2017. DOI: 10.30715/rbpe.v19.n1.2017.10816. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/doxa/article/view/10816. Acesso em: 28 dez. 2024.