Cartas poéticas

Potencialidades da escrita de autoria trans

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30715/doxa.v24iesp.1.18183

Palavras-chave:

Carta, Literatura, Memória, Transmasculinidades

Resumo

O campo literário tem sido demarcado por escritas dispostas a (des) construir narrativas por intermédio de outras lentes, reposicionando experiências consideradas subalternas. Compreendida não apenas como expressão artística, mas também como linguagem atravessada por valores e discursos de cunho ideológico, a escrita cria ficção e produz memória. Partindo deste princípio, o presente trabalho tem por objetivo analisar narrativas literárias a partir da troca de correspondências entre os/as autores/as desta pesquisa e poetas transmasculinos. Com referência nos estudos produzidos por Anzaldúa (1980) e Mombaça (2021), discutiremos o potencial presente no encontro literário entre cartas e poesias, apresentando outras formas de produção de escrita, confrontando assim um dos pilares dos cânones literários: a cisnormatividade, além de fortalecer a política de alianças e agenciamentos em torno das experiências e saberes vinculados a transmasculinidades.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thomas Cardoso Bastos Santos, Universidade Federal de Sergipe

Mestrando em educação.

Dayanna Louise Leandro dos Santos, Universidade Federal de Sergipe

Doutoranda em educação.

Pedro de Oliveira Fontes, Universidade Federal de Sergipe

Graduado em História.

Referências

ANZALDÚA, G. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. Revistas Estudos Feministas, v. 8, n. 1, p. 229-236, 1980. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/9880. Acesso em: 05 maio 2022.

ANZALDÚA. G. Queer(izar) a escritora – Loca, escritora y chicana. In: KEATING, A. L. (ed.). The Gloria Anzaldúa Reader. Tradução: Tatiana Nascimento. Durham: Duke University Press, 2009. p. 163-175.

BATTISTELLI, B. M. Cartas-grafias: entre cuidado, pesquisa e acolhimento. 2017. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social e Institucional) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2017.

HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP & A, 2011.

HERZER, A. A Queda para o Alto. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1982.

JADE, C. Ode (o) à masculinidade. Revista Transviades, v. 1, n. 1, p. 38, 2020. Disponível em: https://revistaestudostransviades.wordpress.com/. Acesso em: 3 ago. 2022. Disponível em: https://revistaestudostransviades.files.wordpress.com/2020/07/revista-estudos-transviades-v.-1-n.-1-jul.-2020.pdf. Acesso em: 10 jun. 2022.

KILOMBA, G. Memórias da Plantação. Episódios de Racismo Cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

MOMBAÇA, J. Não vão nos matar agora. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.

PRECIADO, P. Dizemos Revolução. In: HOLLANDA, H. B. (org.). Pensamento feminista hoje: sexualidades no sul global. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.

RODRIGUES, E. Com mãos atadas e como quem pisa em ovos. Salvador: Boto-cor-de-rosa livros, 2021.

RODRIGUES, E. Sal a gosto. Brasília, DF: Padê editorial, 2018.

SANTANA, B. S.; PEÇANHA, L. M. B.; GONÇALVES, V. G. Transmasculinidades negras: narrativas plurais em primeira pessoa. São Paulo: Ciclo Contínuo Editorial, 2021.

Publicado

01/08/2023

Como Citar

SANTOS, T. C. B.; SANTOS, D. L. L. dos; FONTES, P. de O. Cartas poéticas: Potencialidades da escrita de autoria trans. DOXA: Revista Brasileira de Psicologia e Educação, Araraquara, v. 24, n. esp.1, p. e023012, 2023. DOI: 10.30715/doxa.v24iesp.1.18183. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/doxa/article/view/18183. Acesso em: 27 abr. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)