La psicopatologización de la vida contemporánea: ¿quien hace los diagnósticos?
DOI:
https://doi.org/10.30715/rbpe.v20.n1.2018.11309Palabras clave:
Psicopatología, Sufrimiento psíquico, Salud mental, Diagnóstico.Resumen
Este trabajo discute algunos aspectos del uso de las clasificaciones diagnósticas en salud mental, como el modelo nosográfico vigente en el CID-10 y DSM-5. Se destaca la práctica clínica, en la que la estandarización y la normatización del sufrimiento psíquico reemplazan al estudio del caso clínico. Las clasificaciones diagnósticas parten del principio de que todos los tipos de malestar pueden ser codificados y diagnosticados, induciendo a una funcionalización normativa del sufrimiento humano. Así, se transforman comportamientos y problemas inherentes a la existencia común en patologías médicas y se restringe posibilidades de producir sentidos para ciertos modos de sufrimiento. Se concluye indicando la necesidad de que ese modelo diagnóstico reintegre algunos elementos vivenciales a la práctica clínica en salud mental, teniendo en cuenta los riesgos de la creciente reducción de los procesos de enfermedad a sus síntomas.Descargas
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