Deseos dormidos em notas de campo

Um estudio del pensamiento biológico em los currículos de YouTube

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.30715/doxa.v24iesp.1.18181

Palabras clave:

Deseos de la naturaleza, Pedagogía queer, Planes de estudios en YouTube, Netnografía, Sexopolítica

Resumen

El objetivo de este artículo es analizar la producción de los deseos de la naturaleza en los currículos de YouTube. Los currículos son prácticas discursivas que construyen representaciones sobre deseos, géneros, sexualidades y cuerpos, afectando a formas de existencia marcadas por la abyección y la normalización. Utilizando un enfoque netnográfico y un análisis del discurso inspirado en Foucault, investigo el “Tinder de la Naturaleza” y las posibles coincidencias en esta red intensificadora de relaciones. El discurso biológico refuerza las coherencias y los flujos unidimensionales del deseo, enraizados en una estructura gubernamental cisheteropatriarcal o en la dominación sexopolítica. La heteronormatividad se identifica en los esfuerzos continuos que retratan la naturaleza como una tecnología que abarca sólo las actuaciones masculinas y femeninas, la monogamia, las competiciones y el consumo excesivo de energía para encontrar una pareja sexual. Por lo tanto, es necesario pensar en composiciones curriculares que trasciendan la cisheteronormatividad punitiva y culpabilizadora, ya que los conocimientos difundidos en los videos analizados legitiman movimientos conservadores, como la “ideología de género” y el discurso religioso.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Matheus Reis Dantas, Universidade Federal de Sergipe

Mestrando no Programa de Pós-graduação em Educação (PPGED). Professor de Ciências da Natureza na Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (SEDUC/AL).

Lívia de Rezende Cardoso, Universidade Federal de Sergipe

Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, Conhecimento e Inclusão Social na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED).

Citas

BROOKS, R. Darwin’s closet: the queer sides of The descent of man (1871). Zoological Journal of the Linnean Society, v. 191, p. 323–346, 2021. Disponível em: https://academic.oup.com/zoolinnean/article/191/2/323/6075648. Acesso em: 17 out. 2022.

BUTLER, J. P. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução: Renato Aguiar. 19. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2020.

CANDAU, V. M. Multiculturalismo e educação: desafios para a prática pedagógica. In: MOREIRA, A. F.; CANDAU, V. M. (org.). Multiculturalismo: Diferenças culturais e práticas pedagógicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

COSTA, J. A. O que é pedagogia queer? In: NASCIMENTO, A.; SANTOS, E.; MELO, I. COSTA, J. A.; FILHO, J.; RODRIGUES, W. (org.). Genealogias queer. Salvador: Devires, 2021.

DINIS, N. F.; PAMPLONA, R. S. “Encontrando Bianca”: discursos sobre o corpo-travesti. Pro-Posições, v. 25, n. 2 (74), p. 217-236, maio/ago. 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pp/a/3fgHdwyztbT47rzqsgWPSpF/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 17 out. 2022.

DUTRA, D. S. A. et al. Educação em ciências e decolonialidade: Em busca de caminhos outros. In: MONTEIRO, B. A. P. (org.). Decolonialidades na Educação em Ciências. São Paulo: Livraria da Física, 2019.

FERRARO, J. L. Toda a Biologia é queer: subjetivação e diversidade. Locus: Revista de História, Juiz de Fora, v. 26, n. 1, p. 172-188, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/view/29804. Acesso em: 20 jun. 2022.

FIRMINO, S. G.; E ECHEVERRÍA, A. R. O ensino de biologia como justificação para negação e desqualificação da materialidade de corpos, gêneros e sexualidades no contexto escolar. Revista De Ensino De Biologia Da SBEnBio, v. 14, n. 1, p. 172-191, 2021. Disponível em: https://renbio.org.br/index.php/sbenbio/article/view/559. Acesso em: 17 out. 2022.

FOUCAULT, M. Segurança, território, população. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução: Raquel Ramalhete. 42. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

FOUCAULT, M. A história da sexualidade: a vontade de saber. Tradução: Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. 11. ed. Rio de Janeiro/SãoPaulo: Paz & Terra, 2021.

HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

HOOKS, B. Eros, erotismo e o processo pedagógica. In: LOURO, G. L. (org.). O Corpo Educado: pedagogias da sexualidade. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.

KARAT, M. T.; GIRALDI, P. M. A origem da vida: uma análise sobre a natureza da ciência em um vídeo educativo do Youtube. ACTIO: Docência em Ciências, Curitiba, v. 4, n. 3, p. 178-193, 2019. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/9399/6939. Acesso em: 18 jun. 2022.

KOZINETS, R. V. Netnografia: Realizando pesquisa etnográfica online. Porto Alegre: Penso, 2014.

LEMEBEL, P. Manifesto (Falo pela minha diferença). Tradução: Alejandro Rojas C. Santiago do Chile: Revista Rosa, 1986.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34 Ltda, 1999.

LOURO, G. L. Um corpo estranho: Ensaios sobre sexualidade e teoria queer. 3. ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2020.

MENDENHALL, C. D. et al. Diversifying Displays of Biological Sex and Sexual Behaviour in a Natural History Museum. Museum International, v. 72, n. 1-2, p. 152-16, ago. 2020. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/13500775.2020.1806597. Acesso em: 18 jun. 2022.

MILAM, E. The evolution of Darwinian sexualities. Cambridge University Press, v. 6, p. 133-155, jul. 2021. Disponível em: https://www.cambridge.org/core/journals/bjhs-themes/article/evolution-of-darwinian-sexualities/7754D924656733682771BAC1192B527E. Acesso em: 18 jun. 2022.

MORTIMER-SANDILANDS, C. Paixões desnaturadas? Notas para uma ecologia queer. Revista Estudos Feministas, v. 19, n. 1, p. 175-195, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/57C8xvPpYQ8jZ37wqZZHjtJ/abstract/?lang=pt. Acesso em: 20 jun. 2022.

MORTON, T. Guest Column: Queer Ecology. Cambridge University Press, v. 125, n. 2, p. 273-282, mar. 2010. Disponível em: https://www.cambridge.org/core/journals/pmla/article/abs/guest-column-queer-ecology/1EF919CB20FEC2B18F7B76CFCF7DC4E1. Acesso em: 18 jun. 2022.

OLIVEIRA, T. R. M. Sobre a Bicha do Bem: queerizar a ética da pesquisa em educação. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 41, n. 4, p. 1229-1250, out./dez. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/edreal/a/LG9hDh7H69CqMyckwQmFrjw/. Acesso em: 17 jun. 2022.

PAGAN, A. A. O ser humano do Ensino de Biologia: uma abordagem fundamentada no autoconhecimento. Revista Entreideias, Salvador, v. 7, n. esp., p. 73-86, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/entreideias/article/view/26530/17169. Acesso em: 17 jun. 2022.

PARAÍSO, M. A. Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação e currículo: trajetórias, pressupostos, procedimentos e estratégias analíticas. In: MEYER, D. E.; PARAÍSO, M. A. Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2012. p. 23-45.

PARAÍSO, M. Fazer do Caos uma Estrela Dançarina no Currículo: invenção política com gênero e sexualidade em tempos do slogan “ideologia de gênero”. In: PARAISO, M.; CALDEIRA, M. C. S. (org.). Pesquisas sobre Currículos, Gêneros e Sexualidades. Belo Horizonte: Mazza, 2018.

PARAÍSO, M. Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação e currículo: trajetórias, pressupostos, procedimentos e estratégias analíticas. In: MEYER, D. E.; PARAÍSO, M. (org.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2012. p. 23-46.

PRECIADO, P. B. Multidões queer: notas para uma política dos “anormais”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 19, n. 1, p. 11-20, jan./abr. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/yvLQcj4mxkL9kr9RMhxHdwk/?lang=pt. Acesso em: 18 jun. 2022.

RIBEIRO, V.; FONSECA, I. A. T. No currículo de um site de relacionamento: mulheres que desejam mulheres criam um modo de vida fora dor armário. In: PARAISO, M.; CALDEIRA, M. C. S. (org.). Pesquisas sobre Currículos, Gêneros e Sexualidades. Belo Horizonte: Mazza, 2018.

ROCHA, K. A.; DIAS, A. F. Outstanding Literary Narratives: inspirations for educational (un)doings and queer methodologies. Revista online de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022138, Jan./Dec. 2022. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/download/17200/14450?inline=1. Acesso em: 18 jun. 2022.

ROUGHGARDEN, J. Evolution′s Rainbow: Diversity, Gender, and Sexuality in Nature and People. 10. ed. Califórnia, EUA: University of California Press, 2013.

SALES, S. R. Etnografia+netografia+análise do discurso: articulação metodológica para pesquisar em educação. In: MEYER, D. E.; PARAÍSO, M. A. (org.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2012.

SIBÍLIA, P. Redes ou Parede: a escola em tempos de dispersão. Tradução: Vera Ribeiro. 1. ed. Rio de Janeiro: contraponto, 2012.

SILVA, L. C. S.; SALES, S. R. “Aquele tesão repentino por si mesma”: currículo da nudez autoexposta na produção de sexualidades e gênero na sociedade contemporânea interconectada. In: PARAISO, M.; CALDEIRA, M. C. S. (org.). Pesquisas sobre Currículos, Gêneros e Sexualidades. Belo Horizonte: Mazza, 2018.

SILVA, L. C. S.; SALES, S. R. Corpo, Gênero e Sexualidade no Currículo da Nudez: entre denúncias e resistências. Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 17, n. 3, p. 1480-1501, out./dez. 2019. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/44643. Acesso em: 18 jun. 2022.

UNGER, L. G. S.; CARDOSO, L. R. Da reprodução das ostras aos questionamentos do corpo sexuado. Ambivalências, v. 9, n. 17, p. 14-40, jan./jun. 2021. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/Ambivalencias/article/view/15784. Acesso em: 10 jun. 2022.

YORK, S. W.; OLIVEIRA, M. R. G.; BENEVIDES, B. Manifestações textuais (insubmissas) travesti. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 28, n. 3, p. 1-12, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/75614. Acesso em: 10 jun. 2022.

Publicado

01/08/2023

Cómo citar

DANTAS, M. R.; CARDOSO, L. de R. Deseos dormidos em notas de campo: Um estudio del pensamiento biológico em los currículos de YouTube. DOXA: Revista Brasileira de Psicologia e Educação, Araraquara, v. 24, n. esp.1, p. e023010, 2023. DOI: 10.30715/doxa.v24iesp.1.18181. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/doxa/article/view/18181. Acesso em: 18 jul. 2024.