Racismo e formação da subjetividade da pessoa negra
Antecedentes históricos e perspectivas da educação escolar
DOI:
https://doi.org/10.30715/doxa.v25i00.17976Palavras-chave:
Racismo, Subjetividade, Construção social da identidade étnica, Educação, Educação antirracistaResumo
A formação da subjetividade da pessoa negra, no Brasil, é afetada pelo racismo e valores colonialistas. Diante disso, esse estudo tem como objetivo descrever sobre o racismo e a formação da subjetividade da pessoa negra, pensando sobre a educação escolar como espaço de possibilidades de práticas antirracistas. É um ensaio teórico reflexivo valendo-se da pesquisa bibliográfica. Observamos que a escola deve alcançar um pensamento crítico que proporcione aos estudantes o entendimento das estruturas sociais de manutenção de poder e o esforço subversivo pela alteração do status quo embranquecido. É necessário reagir criticamente ao engessamento do ensino e o comprometimento com uma educação antirracista, diversa e inclusiva. Concluímos que a educação poderá ser um recurso potente para o irromper da pessoa negra enquanto ser humano integral, com a autoestima elevada e com um ideal que tenha como referência seu próprio rosto.
Downloads
Referências
ALMEIDA, S. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018.
ARAÚJO, B. S. B.; ROCHA, D. M.; VIEIRA, F. P. Pensando num ensino de ciências decolonial a partir da poesia “Eu-mulher” de Conceição Evaristo. Filosofia e Educação, Campinas, v.13, n.1, p. 1917-1937, jan./abr. 2021
BERTASSO, A. Valores afroculturais e formação da subjetividade negra no romance Jubiabá, de Jorge Amado. In: ROCHA, W. H. A. (org.). Racismo e antirracismo: reflexões, caminhos e desafios. 1.ed. Curitiba, PR: Editora Bagai, 2021.
BERTH, J. O que é empoderamento? Belo Horizonte: Letramento, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei número 10639/03, de 09 de janeiro de 2003. Brasília, DF: MEC, 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 05 set. 2022.
CHIAVENATO, J. J. O negro no Brasil. São Paulo: Cortez Editora, 2012.
COSTA, T. T. Abaetê criolo: discurso e identidade racial de jovens negras. 2019. 129 f. Dissertação (Mestrado em Planejamento em Políticas Públicas) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2019.
DAVIS, A. Mulher, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
FERNANDES, F. (org.). Octávio I. Sociologia. São Paulo: Ática, 2008.
FERREIRA, S. A. B.; FERREIRA, A. C. Os livros de filosofia do PNLD/2018 e a lei 10.639/03: reflexões sobre a diversidade étnico-racial no material didático de filosofia no Ensino Médio. Pro-Posições, [S. l.], v. 33, 2022.
FONSECA, M. V.; ROCHA, L. F. R. DA. O processo de institucionalização da lei nº. 10.639/2003 na rede federal de educação profissional, científica e tecnológica. Educação em Revista, [S. l.], v. 35, p. e187074, 2019.
GENNARI, E. Em busca da liberdade: traços das lutas escravas no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2011
GOMES, Nilma Lino. Pedagogia das emergências: por uma educação descolonizada e antirracista. [Entrevista concedida a] Marcelo Menna Barreto. Jornal Extra Classe, Porto Alegre, mar. 2023. Disponível em: https://www.extraclasse.org.br/geral/2023/03/pedagogia-das-emergencias-por-uma-educacao-descolonizada-e-antirracista-do-movimento-negro/. Acesso em: 03 out. 2023.
HOOKS, B. Ensinando pensamento crítico: sabedoria prática. São Paulo: Elefante, 2020.
MACHADO, A. F. PETIT, S. H. Filosofia africana para afrorreferenciar o currículo e o pertencimento. Revista Exitus, Santarém, v. 10, p. 01-31, e020079, 2020.
MADEIRA, Z. Questão racial e opressão: desigualdades raciais e as resistências plurais na sociedade capitalista. Argumentum, Vitória, v. 9, n. 1, p. 21-31, jan./abr. 2017.
MUNANGA, K. Negritude: usos e sentidos. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.
NASCIMENTO, A. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectivas, 2016.
OLIVEIRA, M. R. G. O diabo em forma de gente: (r) existências de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação. Curitiba: [s. n.], 2017.
ROSA, A. Pedagoginga, autonomia e mocambagem. São Paulo: Pólen, 2019.
SANTOS, M. A. Contribuição do negro para a cultura brasileira. Temas em Educação e Saúde, v. 12, n. 2, p. 217-229, jul./dez. 2016.
SCHWARCZ, L. STARLING, H. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
SILVA, M. Educação e relações étnico-raciais no brasil: tensões entre os currículos afrocentrado e eurocentrado. In: ROCHA, W. H. A. (org.). Racismo e antirracismo: reflexões, caminhos e desafios. 1.ed. Curitiba, PR: Editora Bagai, 2021.
SOUZA, E. P. A lei n° 10.639/03 na escola – caminhos para os tambores de Congo. In: GOMES A. B. S.; CUNHA Jr. H. (org.). Educação e Afrodescendência no Brasil. Fortaleza: Edições UFC, 2008.
SOUZA, N. S. Tornar-se negro. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.
TOLENTINO, L. Outra educação é possível: feminismo, antirracismo e inclusão em sala de aula. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2018.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 DOXA: Revista Brasileira de Psicologia e Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Manuscritos aceitos e publicados são de propriedade da Doxa. É vedada a submissão integral ou parcial do manuscrito a qualquer outro periódico. A responsabilidade do conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores. É vedada a tradução para outro idioma sem a autorização escrita do Editor ouvida a Comissão Editorial.