Brinquedo sem brincadeira: reflexões sobre a indústria do brincar na infância contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.30715/doxa.v21i1.13060Palavras-chave:
Infância, Brincar tecnológico, Indústria cultural, Contemporaneidade.Resumo
Esse artigo objetiva refletir sobre a indústria do brincar na infância contemporânea e, especificamente, analisar sobre o brinquedo tecnológico enquanto materialização lúdica pelo viés do consumo. Ainda, pensar sobre o brinquedo e a expropriação do brincar enquanto necessidade humana e lúdica da criança. Os brinquedos industrializados retiram da criança o prazer da descoberta, criatividade, imaginação, coletividade e ludicidade. Esse ensaio é fruto dos estudos realizados no GEPEITC - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Infância e Teoria Crítica na Universidade Estadual de Londrina. A metodologia é um estudo bibliográfico em Max Horkheimer e Theodor Adorno no que se refere à Indústria Cultural e das reflexões de Walter Benjamim sobre o brincar na sociedade contemporânea. Como resultado, o brincar e a brincadeira da criança contemporânea precisam ser ressignificados para além do objeto – brinquedo, em prol da experiência do brincar enquanto necessidade humana e possibilidade de interação criança – mundo; criança – outro.
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