Brinquedo sem brincadeira: reflexões sobre a indústria do brincar na infância contemporânea
DOI :
https://doi.org/10.30715/doxa.v21i1.13060Mots-clés :
Infância, Brincar tecnológico, Indústria cultural, Contemporaneidade.Résumé
Esse artigo objetiva refletir sobre a indústria do brincar na infância contemporânea e, especificamente, analisar sobre o brinquedo tecnológico enquanto materialização lúdica pelo viés do consumo. Ainda, pensar sobre o brinquedo e a expropriação do brincar enquanto necessidade humana e lúdica da criança. Os brinquedos industrializados retiram da criança o prazer da descoberta, criatividade, imaginação, coletividade e ludicidade. Esse ensaio é fruto dos estudos realizados no GEPEITC - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Infância e Teoria Crítica na Universidade Estadual de Londrina. A metodologia é um estudo bibliográfico em Max Horkheimer e Theodor Adorno no que se refere à Indústria Cultural e das reflexões de Walter Benjamim sobre o brincar na sociedade contemporânea. Como resultado, o brincar e a brincadeira da criança contemporânea precisam ser ressignificados para além do objeto – brinquedo, em prol da experiência do brincar enquanto necessidade humana e possibilidade de interação criança – mundo; criança – outro.
Téléchargements
Références
ADORNO, T. W. Indústria Cultural. In: COHN, G. Sociologia. São Paulo: Ática, 1986.
BELLONI, M. L. O que é sociologia da infância. Campinas: Autores Associados, 2009. (Acadêmico de bolso).
BENJAMIN, W. Magia e Técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. (Obras escolhidas, v. 1).
BENJAMIN, W. Reflexões sobre o brinquedo, a criança e a educação. São Paulo: Editora 34, 2002.
BENJAMIN, W. Rua de mão única. v. 2. São Paulo: Brasiliense, 1987. (Obras escolhidas).
BROUGÉRE, G. Brinquedo e Cultura. São Paulo: Cortez, 1995.
FROMM, E. O medo da liberdade. Rio de Janeiro: Zahar, 1968.
HORKHEIMER, M.; ADORNO, T. W. A Dialética do Esclarecimento: Fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
KEHL, M. R. Imaginar e Pensar. In: NOVAES, A. (Org.). Rede imaginária: televisão e democracia. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
KETZER, S. M. A criança, a produção cultural e a escola. In: MAGALHÃES, C. et al. A criança e a produção cultural – Do brinquedo à literatura. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2003. p. 11-27.
LINN, S. Crianças do consumo: a infância roubada. Tradução Cristina Tognelli. São Paulo: Instituto Alana, 2006.
MARCUSE, H. Eros e civilização: uma interpretação filosófica do pensamento de Freud. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
MARX, K. O Capital. Crítica da Economia Política. Livro 1, v. 1, 10. ed. São Paulo: Difel, 1985.
MATTELART, A.; MATTELART, M. Penser les médias. Cap. 4-8, Tradução de Vera L. Westin e Lúcia Lamounier (mimeogr.). Paris: La Découverte, 1996. (Original: 1986).
OLIVEIRA, P. S. Brinquedo e indústria cultural. Petrópolis: Vozes, 1986.
PESSOA, F. (Álvaro de Campos). O Eu profundo e seus outros eus: seleção poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
SILVA, T. T. da. O que produz e o que reproduz em educação. Ensaios de Sociologia da Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.