Teoria crítica e infância: a caracterização do conceito no contexto de expropriação das experiências formativas

Autores

  • Andréa Calderan Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos
  • Luiz Roberto Gomes Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.30715/rbpe.v19.n2.2017.10921

Palavras-chave:

Teoria crítica. Infância. Expropriação da experiência. Educação.

Resumo

O artigo aborda o conceito de infância na perspectiva dos autores da Teoria Crítica. O objetivo foi compreender a criança e a infância a partir das possibilidades de experiências formativas. O estudo pautou-se, principalmente, nos escritos de Adorno e Horkheimer, Walter Benjamin e Giorgio Agamben. Trata-se de um conjunto de reflexões que procuram analisar o processo de expropriação da experiência, no contexto da indústria cultural e da sociedade de consumo. A educação voltada à emancipação não pode prescindir da capacidade de realização de experiências contidas no universo da infância, como criança, ou como potencialidade humana capaz de produzir cultura. 

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Biografia do Autor

Andréa Calderan, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação

Luiz Roberto Gomes, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos

Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Educação

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Publicado

01/06/2017

Como Citar

CALDERAN, A.; GOMES, L. R. Teoria crítica e infância: a caracterização do conceito no contexto de expropriação das experiências formativas. DOXA: Revista Brasileira de Psicologia e Educação, Araraquara, v. 19, n. 2, p. 270–282, 2017. DOI: 10.30715/rbpe.v19.n2.2017.10921. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/doxa/article/view/10921. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Edição Temática