A constituição do leitor na esfera escolar

O que enunciam docentes do Programa Estadual de Novas Oportunidades de Aprendizagem - PENOA?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.13929

Palavras-chave:

Educação Básica, PENOA, Leitura, Leitor

Resumo

Este estudo objetiva compreender a constituição do leitor na esfera escolar na voz de duas professoras de Língua Portuguesa que atuaram no Programa Estadual de Novas Oportunidades de Aprendizagem – PENOA. Trata-se de uma pesquisa aplicada de abordagem qualitativa cunhada por entrevista individual com questionário semiestruturado realizada com duas professoras de Língua Portuguesa que atuaram no PENOA da rede pública estadual de ensino de Santa Catarina em 2019. Os resultados analisados à luz da perspectiva enunciativo-discursiva, apontaram que apesar de as professoras sinalizarem para a leitura como decodificação e o leitor como decodificador, estas também direcionaram para leituras outras, em outros espaços. Considera-se que as práticas pedagógicas que as professoras realizam no PENOA tentam se afastar de práticas rígidas, engessadas no livro didático para tentar aproximar os estudantes daquilo que elas experienciam com a leitura: o prazer, o gosto, a afeição em diferentes tempos e espaços.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Pottmeier, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC – Brasil

Doutoranda em Linguística

Luiz Herculano de Sousa Guilherme, Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Gaspar – SC – Brasil

Professor de Língua Portuguesa. Doutorado em Língua Portuguesa (UFRJ).

Lais Oliva Donida, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC – Brasil

Doutoranda em Linguística

Renata Waleska de Sousa Pimenta, Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Gaspar – SC – Brasil

Professora de História. Doutorado em Educação (UNISINOS).

Referências

APA. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. Tradução: Russo Paulo Bezerra. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011[1979].

BOGDAN, R.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação: uma introdução a teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994.

BRASIL. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 10 maio 2020.

BRASIL. Resolução n. 4, de 13 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Brasília, DF: MEC, CNE, CEB, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_10.pdf. Acesso em: 12 fev. 2020.

BRASIL. QEdu. Distribuição dos estudantes por nível de proficiência, 2015. 2015. Disponível em: https://www.qedu.org.br/brasil/proficiencia. Acesso em: 26 dez. 2019.

BRASIL. QEdu. Distribuição dos estudantes por nível de proficiência, 2017. 2017a. Disponível em: https://www.qedu.org.br/brasil/proficiencia. Acesso em: 26 dez. 2019.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2017b. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 08 ago. 2019.

BRITTO, L. P. L. Inquietudes e desacordos: a leitura além do óbvio. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2012.

BRITTO, L. P. L. Ao revés do avesso – Leitura e formação. São Paulo: Pulo do Gato, 2015.

CERRUTTI-RIZZATTI, M.; PEREIRA, H. M.; PEDRALLI, R. A escrita na escola: um estudo sobre conflitos e encontros. Revista do GEL, São Paulo, v. 10, n. 1, p. 35-64, 2013. Disponível em: https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/15/158. Acesso em: 31 jan. 2020.

CORTELLA, M. S. Educação, escola e docência: novos tempos, novas atitudes. São Paulo: Cortez, 2014.

DONIDA, L. O. Universitários com Dificuldades de Leitura e Escrita: Desvelando Discursos. 2018. 145 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018.

DONIDA, L. O.; POTTMEIER, S.; FISTAROL, C. F. S. F. A leitura e a escrita na educação básica: movimentos teórico-práticos. Revista Querubim, v. 3, n. 35, p. 45-53, 2018. Disponível em: http://sga.sites.uff.br/wp-content/uploads/sites/428/2018/08/zzquerubim_35_v_3.pdf. Acesso em: 26 maio 2020.

ELIASSEN, E. S. A discursivização do diagnóstico da dislexia: da teoria à prática. 2018. 224 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018.

FOUCAMBERT, J. A leitura em questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 51. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

GARCÍA CANCLINI, N. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. Tradução: Ana Regina Lessa e Heloísa Pezza Cintrão. São Paulo: EDUSP, 2008[1989].

GEGE. Grupo de estudos dos Gêneros do Discurso. Palavras e contrapalavras: Glossariando conceitos, categorias e noções de Bakhtin. São Carlos: Pedro & João Editores, 2009.

GERALDI, J. W. Portos de Passagem. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

GERALDI, J. W. A aula como acontecimento. São Carlos: Pedro & João Editores, 2015.

INAF. Indicador de Alfabetismo Funcional: Resultados Preliminares. São Paulo: Instituto Paulo Montenegro, Ação Educativa, 2018. Disponível em: http://acaoeducativa.org.br/wp-content/uploads/2018/08/Inaf2018_Relat%C3%B3rio-Resultados-Preliminares_v08Ago2018.pdf. Acesso em: 08 set. 2018.

ROJO, R. H. R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009.

ROJO, R. H. R. Pedagogia dos multiletramentos: diversidade cultural e de linguagens na escola. In: ROJO, R. H. R.; MOURA, E. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012. p. 11-31.

ROJO, R. H. R. (org.). Escol@ conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Parábola, 2013.

ROJO, R. H. R.; BARBOSA, J. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

ROJO, R. H. R.; MOURA, E. Letramentos, mídias, linguagens. São Paulo: Parábola Editorial, 2019.

SANTA CATARINA. Governo do Estado. Secretaria de Estado da Educação. Proposta Curricular de Santa Catarina: formação integral na educação básica. Santa Catarina: Secretaria de Estado da Educação, 2014. Disponível em: http://www.propostacurricular.sed.sc.gov.br/site/Proposta_Curricular_final.pdf. Acesso em: 26 maio 2020.

SANTA CATARINA. 1. Caderno de experiências exitosas do Programa Estadual de Novas Oportunidades de Aprendizagem - PENOA 2014. Florianópolis: DIOESC, 2017.

SANTA CATARINA. Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense. Florianópolis: Secretaria de Estado da Educação, 2019. Disponível em: http://www.sed.sc.gov.br/professores-e-gestores/30336-curriculo-base-da-educacao-infantil-e-do-ensino-fundamental-do-territorio-catarinense. Acesso em: 26 maio 2020.

VOLÓCHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Editora 34, 2017[1929].

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2005.

YUNES, E. A crise da leitura: reflexões em torno do problema. In: YUNES, E. A leitura e a formação do leitor: questões culturais e pedagógicas. Rio de Janeiro: Antares, 1984. p. 19-23.

Publicado

01/04/2022

Como Citar

POTTMEIER, S.; GUILHERME, L. H. de S.; DONIDA, L. O.; PIMENTA, R. W. de S. A constituição do leitor na esfera escolar: O que enunciam docentes do Programa Estadual de Novas Oportunidades de Aprendizagem - PENOA?. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1537–1556, 2022. DOI: 10.21723/riaee.v17i2.13929. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/13929. Acesso em: 6 dez. 2024.

Edição

Seção

Relatos de Pesquisas