Cidadania cibernética

Contribuições de uma ação extensionista à sociedade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436

Palavras-chave:

Cidadania, Cibernética, Extensão universitária

Resumo

A Era da Informação trouxe consigo novos mecanismos de sociabilidade, bem como grandes desafios à cidadania. Nesse cenário, é fulcral a ação dos Estados enquanto propositores de políticas públicas, sendo a educação um importante componente do alicerce central. Em vista disso, a partir de um conjunto de aulas teórico/práticas, empregamos o método lúdico pedagógico em um projeto de extensão inovador que tem por objetivo fortalecer o exercício da cidadania cibernética em jovens estudantes. Na medida em que contribui para a identificação dos participantes de sua condição enquanto cidadãos digitais, a ação extensionista projeta uma nova realidade social, expandindo os conhecimentos adquiridos na universidade à comunidade. Estamos certos de que a indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão impulsiona a produção de conhecimentos, na medida em que estabelece um vínculo de confiança entre acadêmicos e sociedade civil, em um esforço conjunto para transformar a realidade dos cidadãos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcos Aurelio Guedes de Oliveira, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife – PE – Brasil

Professor Titular de Ciência Política no Departamento de Ciência Política. Doutorado em Government (ESSEX/Inglaterra).

Natalia Diniz Schwether, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife – PE – Brasil

Pós-doutoranda no Departamento de Ciência Política.

Fernando Henrique Casalunga, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre – RS – Brasil

Doutorando no Departamento de Ciência Política.

Referências

ALMEIDA, S.; FERNANDES, J. Á.; GOI, V. El uso de las tecnologías digitales en las escuelas: Un estudio basado en los informes de políticas públicas brasileñas. Revista do Centro de Educação UFSM, Santa Maria, v. 44, p. 1-12, fev./set. 2019. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/1171/117158942065/117158942065.pdf. Acesso em: 05 jan. 2022.

ARROYO, D.; ROCHA, M. Meta Avaliação de uma extensão universitária: Estudo de caso. Avaliação, Campinas, v. 15, n. 2, p. 135-161, jul. 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/KTgP6wrJ6QDbJZyBNpsxYJd/abstract/?lang=pt. Acesso em: 13 jan. 2022.

BRASIL. Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de setembro de 1940. Código Penal. Rio de Janeiro: Presidência da República, 1940. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm. Acesso em: 10 jan. 2022.

BRASIL. Lei n. 5.540, de 28 de novembro de 1968. Fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1968. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5540.htm. Acesso em: 10 dez. 2022.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: Promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 10 dez. 2022.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 10 dez. 2022.

BRASIL. Projeto de Lei n. 6964/06, de 2006. Da Sra. Professora Raquel Teixeira, 2006. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=node01uia9d963j5vj8r3ck1gn87ez1248531.node0?codteor=391744&filename=PL+6964/2006. Acesso em: 10 dez. 2022.

BRASIL. Decreto n. 6.495, de 30 de junho de 2008. Institui o Programa de Extensão Universitária – PROEXT. Brasília, DF: Presidência da República, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6495.htm. Acesso em: 10 dez. 2022.

BRASIL. Lei n. 12.737, de 30 de novembro de 2012. Dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos; altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2012. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12737.htm. Acesso em: 10 jan. 2022.

BRASIL. Lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 2017. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2017/lei-13415-16-fevereiro-2017-784336-publicacaooriginal-152003-pl.html. Acesso em: 10 dez. 2022.

CALIPO, D. Projetos de Extensão universitária crítica: Uma ação educativa transformadora. 2009. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual de Campinas, 2009. Disponível em: https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/390135. Acesso em: 10 jan. 2022.

CANTO, M. O letramento midiático em escolas: Lutando contra a desinformação. TIC Educação. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2019.

CARBONARI, M. E.; PEREIRA, A. A extensão universitária no Brasil, do assistencialismo à sustentabilidade. Revista de Educação, Londrina, v. 10, n. 10, p. 23-28, jul./set. 2007. Disponível em: https://seer.pgsskroton.com/educ/about/contact. Acesso em: 21 set. 2021.

DIMAGGIO, P.; CELESTE, C. Technological Careers: Adoption, Deepening, and Dropping Out in a Panel of Internet Users, 2004.

E-SIC. Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão. Disponível em: http://www.acessoainformacao.mg.gov.br/sistema/site/index.html. Acesso em: 14 out. 2019.

HINDUJA, S.; PATCHIN, J. Sexting: A brief guide for educators and parents. Cyberbulling Research Center, 2010. Disponível em: https://cyberbullying.org/sexting-research-summary-2022.pdf. Acesso em: 13 maio 2020.

JENIZE, E. As Práticas Curriculares e a Extensão Universitária. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 2., 2004, Belo Horizonte. Anais [...]. Belo Horizonte: UFMG, 2004. Disponível em: https://www.ufmg.br/congrext/Gestao/Gestao12.pdf. Acesso em: 10 jan. 2022.

JONES, L.; MITCHELL, K. Defining and measuring youth digital citizenship. New media & Society, v. 18, n. 9, p. 2063-2079, jul. 2016. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1461444815577797. Acesso em: 03 set. 2021.

JONES, L.; MITCHELL, K.; FINKELHOR, D. Trends in Youth Internet Victimization: Findings from three youth internet safety surveys 2000-2010. Journal of Adolescent Health, v. 50, n. 2, p. 179-186, fev. 2012. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1054139X11003387. Acesso em: 13 mar. 2019.

KOGLIN, T.; KOGLIN, J. C. A Importância da extensão nas Universidades Brasileiras e a transição do reconhecimento ao descaso. Revista Brasileira de Extensão Universitária, v. 10, n. 2, p. 71-78, jun. 2019. Disponível em: https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RBEU/article/view/10658. Acesso em: 22 jan. 2022.

KOLTAY, T. Os media e as literacias: Literacia mediática, literacia informacional, literacia digital. Media, Culture & Society, v. 33, n. 2, p. 211-212, mar. 2011. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0163443710393382. Acesso em: 04 set. 2021.

MENDEL, T. Liberdade de informação: Um estudo de direito comparado. Brasília, DF: Unesco, 2009.

MOITA, F.; ANDRADE, F. Ensino-pesquisa-extensão um exercício de indissociabilidade na pós-graduação. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 41, p. 269-393, maio/ago. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/gmGjD689HxfJhy5bgykz6qr/abstract/?lang=pt. Acesso em: 11 ago. 2021.

MORA-OSEJO, L.; BORDA, O. A superação do eurocentrismo. Enriquecimento do saber sistémico e endógeno sobre nosso contexto tropical. In: SANTOS, B. S. (org.). Conhecimento prudente para uma vida decente. São Paulo: Cortez, 2004.

MOSSBERGER, K.; TOLBERT, C.; MCNEAL, R. Digital Citizenship: The internet, society and participation. Cambridge: The MIT Press, 2008.

NOGUEIRA, M. (org.). Avaliação da extensão universitária: Práticas e discussões da comissão permanente de avaliação da extensão. Belo Horizonte: FORPROEX/CPAE; PROEX/UFMG, 2003.

NUNES, A.; SILVA, M. A extensão universitária no ensino superior e a sociedade. Mal-Estar e Sociedade, Barbacena, v. 4, n. 7, p. 119-133, jul./dez. 2011. Disponível em: https://revista.uemg.br/index.php/gtic-malestar/article/view/60. Acesso em: 16 out. 2021.

PATROCÍNIO, T. Educação e Cidadania global. In: GOUVEIA, L. Cidades e Regiões Digitais: Impacte nas cidades e nas pessoas. Porto: Fundação Fernando Pessoa, 2003.

PINSKY, J. Introdução. In: PINSKY, J.; BASSANEZI, C. História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.

Relatório de Crimes Cibernéticos NORTON: O impacto humano. Symantec Corporation, 2017. Disponível em: https://www.symantec.com/content/en/us/home_homeoffice/media/pdf/cybercrime_report/Norton_Portuguese-Human%20Impact-A4_Aug18.pdf. Acesso em: 06 maio 2019.

RIBBLE, M. Digital Citizenship in Schools. Washington: ISTE, 2007.

RIBBLE, M. Nine Elements of Digital Citizenship. Washington: ISTE, 2010. Disponível em: http://www.iste.org. Acesso em: 10 jan. 2022.

SANTOS, B. S. Pela mão de Alice: O social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez, 1995.

SEN, A. O desenvolvimento como expansão de capacidades. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, v. 28-29, 1993.

SILVA, O. O que é extensão universitária. Integração: ensino, pesquisa e extensão, São Paulo, v. 3, n. 9, 1997.

SIMÃO, P.; CARDOSO, F. Digital citizenship in schools: nine elements all students should know, in Mike Ribble, 3. ed. Arlington, VA, USA: International Society for Technology in Education, 2015. EccoS Revista Científica, v. 47, p. 472-476, 2018. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/10778/5254. Acesso em: 10 jan. 2022.

SONCK, N. et al. Digital literacy and safety skills. London: London School of Economics & Political Science, 2011.

TIC. Tecnologia de Informação e Comunicação. Domicílios com acesso à Internet. 2019. Disponível em: https://cetic.br/pt/tics/domicilios/2019/domicilios/A4/. Acesso em: 12 mar. 2019.

UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Prefácio. 2003. In: MENDEL, T. Liberdade de informação: Um estudo de direito comparado. Brasília, DF: Unesco, 2009.

UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. TIC na Educação. 2016. Disponível em: https://pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia/expertise/ict-education-brazil. Acesso em: 10 jan. 2022.

VAN DIJK, J. The Deepening Divide: Inequality in the Information Society. London: Sage Publications, 2005.

Publicado

30/12/2022

Como Citar

OLIVEIRA, M. A. G. de; SCHWETHER, N. D.; CASALUNGA, F. H. Cidadania cibernética: Contribuições de uma ação extensionista à sociedade. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2544–2564, 2022. DOI: 10.21723/riaee.v17i4.16436. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/16436. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos