O Neuromito dos estilos de aprendizagem

Percepção dos professores em formação de Ciências Biológicas na Universidade de Brasília, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18213

Palavras-chave:

Aprendizagem, Formação de Professores, Neurociência, Neuroeducação

Resumo

Nos últimos anos, a neurociência ganhou destaque no campo da educação. No entanto, aqueles que buscam aprender sobre neurociência por conta própria podem encontrar informações imprecisas ou concepções errôneas sobre os achados neurocientíficos, conhecidos como neuromitos. Um dos mitos mais difundidos entre os educadores é o dos Estilos de Aprendizagem, que sugere que os estudantes aprendem melhor quando a informação é apresentada de acordo com seu estilo preferido. Este estudo teve como objetivo investigar a percepção dos estudantes de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB) em relação a esse neuromito. Para isso, um questionário on-line foi aplicado aos participantes. Os resultados indicaram que os estudantes têm uma visão positiva dos Estilos de Aprendizagem. Portanto, é necessário desmistificar esse neuromito no ambiente acadêmico, integrando o estudo da neurociência e dos neuromitos educacionais na formação inicial de professores por meio de cursos, projetos de pesquisa e atividades de extensão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Vitória Vieira da Nóbrega, Universidade de Brasília

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília (UnB).

Natasha da Silva Melo, Universidade de Brasília

Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília (UnB).

João Paulo Cunha de Menezes, Universidade de Brasília

Professor Adjunto do Núcleo de Educação Científica da Biologia, Instituo de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília.

Referências

ALMEIDA, A. V.; FARIAS, C. R. O. A natureza da ciência na formação de professores: reflexões a partir de um curso de licenciatura em ciências biológicas. Investigações em Ensino de Ciências, [S.I], v. 16, n. 3, p. 473–488, 2011. Disponível em: https://ienci.if.ufrgs.br/index.php/ienci/article/view/222. Acesso em: 23 jun. 2023.

AMORIM, J.; RATO, J. R. O mito do ensino por estilos de aprendizagem: Qual a perceção de diferentes profissionais em contexto escolar? [RMd] RevistaMultidisciplinar, [S.I], v. 3, n. 2, p. 41–47, 2021. Disponível em: https://revistamultidisciplinar.com/index.php/oj/article/view/63. Acesso em: 23 jun. 2023.

BAPTISTA, G. C. S. A importância da reflexão sobre a prática de ensino para a formação docente inicial em ciências biológicas. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 5, p. 85–93, 2003. DOI: 10.1590/1983-21172003050202. Disponível em: https://www.scielo.br/j/epec/a/CH8yH9jsv6Rdg6DJf3tcMGq/abstract/?lang=pt. Acesso em: 23 jun. 2023.

BARCELOS, N. N. S.; VILLANI, A. Troca entre universidade e escola na formação docente: uma experiência de formação inicial e continuada. Ciência Educação, Bauru, v. 12, n. 01, p. 73–97, 2006. DOI: 10.1590/S1516-73132006000100007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/RqqvsgvwjL9QHNmWyK5dNts/abstract/?lang=pt. Acesso em: 23 jun. 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 23 jun. 2023.

CARVALHO, A. M. P.; GIL-PEREZ, D. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2011.

CARVALHO, D.; BOAS, C. A. V. Neuroscience and Teacher’s Training: Impacts on Education and Economics. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, [S.I], v. 26, n. 98, p. 231–247, 2018. DOI: 10.1590/S0104-40362018002601120. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/323412070_Neuroscience_and_teacher's_training_Impacts_on_education_and_economics. Acesso em: 23 jun. 2023.

CARVALHO, F. A. H. Neurociências e educação: uma articulação necessária na formação docente Neurociências e educação: uma articulação necessária na formação docente. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, p. 537–550, 2010. DOI: 10.1590/S1981-77462010000300012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tes/a/jScBCkB8ZwsGK3f9kZLgQmk/abstract/?lang=pt. Acesso em: 23 jun. 2023.

CATARINO, G. F. C.; REIS, J. C. O. A pesquisa em ensino de ciências e a educação científica em tempos de pandemia: reflexões sobre natureza da ciência e interdisciplinaridade. Ciência Educação, Bauru, v. 27, p. e21033, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/FQqSBXbX4x3pzKLzkrXTLwG/. Acesso em: 23 Jun. 2023.

COSENZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociência e educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.

DARLING-HAMMOND, L. A importância da formação docente. Cadernos Cenpec | Nova série, [S.I], v. 4, n. 2, 2015. DOI: 10.18676/cadernoscenpec.v4i2.303. Disponível em: https://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/303. Acesso em: 23 Jun. 2023.

DEKKER, S. et al. Neuromyths in Education: Prevalence and Predictors of Misconceptions among Teachers. Frontiers in Psychology, [S.I], v. 3, 2012. Disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpsyg.2012.00429/full. Acesso em: 23 jun. 2023.

FERREIRA, B. W. Análise de conteúdo. Aletheia, [S.I], n. 11, p. 13–20, 2000. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-341888. Acesso em: 15 jun.2023.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GLEICHGERRCHT, E.; LUTTGES, B. L.; SALVAREZZA, F.; CAMPOS, A. L. Educational Neuromyths Among Teachers in Latin America. Mind, Brain, and Education, [S.I], v. 9, n. 3, p. 170–178, 2015. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/mbe.12086. Acesso em: 23 jun. 2023.

HOWARD-JONES, P.A.; JAY, T.; GALEANO, L. Professional Development on the Science of Learning and Teachers’ Performative Thinking—A Pilot Study. Mind, Brain, and Education, [S.I], v. 14, n. 3, p. 267–278, 2020. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/mbe.12254. Acesso em: 23 jun. 2023.

LIMA, M. S. L. Reflexões sobre o estágio/prática de ensino na formação de professores. Revista Diálogo Educacional, [S.I], v. 08, n. 23, p. 195–205, 2008. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=189117303012. Acesso em: 23 jun. 2023.

MELLINI, C. K.; OVIGLI, D. F. B. Identidade docente: percepções de professores de biologia iniciantes. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 22, p. e16364, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/epec/a/VmpN3GSctXLPB4kY3xF3TPB/abstract/?lang=pt. Acesso em: 23 jun. 2023.

MENEZES, J. P. C. Neurociência e formação docente: prevalência de mitos em licenciandos e professores no ensino de ciências. Um estudo de caso no Distrito Federal. Formação Docente, [S.I], v. 14, p. 181–195, 2022. Disponível em: https://www.revformacaodocente.com.br/index.php/rbpfp/article/view/561. Acesso em: 23 jun. 2023.

NEWTON, P. M. The Learning Styles Myth is Thriving in Higher Education. Frontiers in Psychology, [S.I], v. 6, 2015. DOI: 10.3389/fpsyg.2015.01908. Disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpsyg.2015.01908/full. Acesso em: 23 jun. 2023.

PAPADATOU-PASTOU, M. TOULOUMAKOS, A. K.; KOUTOUVELI, C.; BARRABLE, A. The Learning Styles Neuromyth: When the Same Term Means Different Things to Different Teachers. European Journal of Psychology of Education, [S.I], v. 36, n. 2, p. 511–531, 2021. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s10212-020-00485-2. Acesso em: 23 jun. 2023.

PASHLER, H.; MCDANIEL, M.; BJORK, R. Learning Styles: Concepts and Evidence. Psychological Science in the Public Interest, [S.I], v. 9, n. 3, p. 105–119, 2008. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1111/j.1539-6053.2009.01038.x. Acesso em: 23 jun. 2023.

PASQUINELLI, E. Neuromyths: Why Do They Exist and Persist? Mind, Brain, and Education, [S.I], v. 6, n. 2, p. 89–96, 2012. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1751-228X.2012.01141.x. Acesso em: 23 jun. 2023.

SILVA, M. A.; PEREIRA, A. L. Neurociência e Educação para a Ciência: que tipos de produtos “baseados no cérebro” são encontrados nos sítios eletrônicos mais acessados por brasileiros? Revista Valore, [S.I], v. 3, n. 0, p. 176–187, 2018. Disponível em: https://revistavalore.emnuvens.com.br/valore/article/view/153. Acesso em: 23 jun. 2023.

TARDIF, E.; DOUDIN, P.-A.; MEYLAN, N. Neuromyths Among Teachers and Student Teachers. Mind, Brain, and Education, [S.I], v. 9, n. 1, p. 50–59, 2015. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/mbe.12070. Acesso em: 23 jun. 2023.

WESTBY, C. The Myth of Learning Styles. Word of Mouth, [S.I], v. 31, n. 2, p. 4–7, 2019. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1048395019879966a. Acesso em: 23 jun. 2023.

Publicado

29/02/2024

Como Citar

NÓBREGA, M. V. V. da; MELO, N. da S.; MENEZES, J. P. C. de. O Neuromito dos estilos de aprendizagem: Percepção dos professores em formação de Ciências Biológicas na Universidade de Brasília, Brasil. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, p. e024027, 2024. DOI: 10.21723/riaee.v19i00.18213. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/18213. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Relatos de Pesquisas