O sujeito e as linguagens pesqueiras: significação cultural da pesca artesanal amazônica paraense
Palavras-chave:
signficação, linguagem, pescador, práticasResumo
Nos territórios amazônicos, existem linguagens únicas entre os sujeitos, perpassadas pelas realidades e seu conhecimento tradicional que representam diferentes formas de significações culturais das realidades vividas nos campos nas águas e florestas. As práticas culturais pesqueiras carregam a bagagem cultural e social de cada grupo; na linguagem pesqueira, os sujeitos falam a partir do grupo pertencente, suas significações representam a identidade sociocultural dos sujeitos. A relação de nomeação na pesca aos recursos naturais pelas comunidades pesqueiras transcende ao valor econômico; representa apropriação cultural, simbólica e, principalmente, linguística, constituída a partir da pesca local. Assim, o objetivo principal da pesquisa é a identificação dos processos de significação linguística do conhecimento pesqueiro atribuída aos artefatos e práticas tradicionais da pesca. A pesquisa é bibliográfica, do tipo estado da Arte, mapeando produções acadêmicas da Amazônia Paraense no Banco de Dissertações e Teses da Capes. Os resultados apontam, para processos de significações singulares construídos a partir trocas de saberes e práticas produtivas pesqueira amazônica dão sentido aos seus modos de vida e sua cultura.
https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.1948101
Downloads
Referências
Araújo, A. A. Saberes culturais da pesca artesanal na Amazônia ribeirinha de Vigia de Nazaré/PA. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade do Estado do Pará, Belém, 2020.
Bakhtin, M. Estética da criação verbal. 4. ed. Tradução P. Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BAKHTIN, M. O problema do texto na linguística, na filosofia e em outras ciências humanas. In: BAKHTIN, M. Estética da criação verbal Introdução e tradução do russo de Paulo Bezerra. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. p. 307-336.
BAKHTIN, M. Questões de literatura e de estética. São Paulo: Hucitec, 1988.
Correa, E. A. Às margens da cidade: trajetórias, possibilidades e práticas de educação ambiental geradas pela Casa Escola da Pesca em Belém-PA. 2020. Dissertação (Mestrado em Rede Nacional para o Ensino das Ciências Ambientais) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2020.
Diegues, A. C. A pesca construindo sociedades: leituras em antropologia marítima e pesqueira. São Paulo: Núcleo de Apoio à pesquisa sobre Populações Humanas e Áreas Úmidas Brasileiras/USP, 2004.
Ferreira, N. S. A. As pesquisas denominadas “estado da arte”. Educação & Sociedade, São Paulo, ano 23, n. 79, p. 257-272, ago. 2002.
Freire, P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
Fromkin, V.; Rodman, R. Introdução à Linguagem. Coimbra: Livraria Almeida Coimbra, 1993.
Gusmão, E. A. Estudo lexical do patrimônio linguístico-cultural de Curuçá-Pa: vocábulos de pesca. 2012. Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa) – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara, 2012.
KRISTEVA, J. História da linguagem. Lisboa: Edições 70, 1988. cap. 3, p. 32-57.
MEGGERS, B. J. Amazônia - Ailusão de um paraíso. Tradução Maria Yedda Linhares. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977.
Morais, R. P. Rituais Nominativos: uma viagem pelos motivos e sentidos que emergem dos nomes dos barcos dos ribeirinhos. 2011. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade do Estado do Pará, Belém, 2011.
Neves, J. A. V. O pensamento freireano e o desafio e o desafio das diversidades socioculturais e as práticas educativas. In: VASCONCELOS, M. L. C.; BRITO, R. P. (org.). Presença e atualidade do pensamento freireano vozes brasileira em diálogos. São Paulo: LiberArs, 2021. v. 2, p. 135-148.
Oliveira, J. S. B. Alfabetização matemática no contexto ribeirinho: um olhar sobre as classes multisseriadas da realidade amazônica. 2012. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas) – Universidade Federal do Pará, Bélem, 2012.
ROOSEVELT, A. C. et al. Eighth millennium pottery from a prehistoric shell midden in Brazilian Amazon. Science, New York, v. 254, p. 1621-1624, 1991. PMid: 17782213. DOI: http://dx.doi.org/10.1126/science.254.5038.1621.
Silva, A. F. Pesca Artesanal: seu significado cultural. Ateliê Geográfico, Goiânia, v. 3, n. 1, p. 142-159, 2009.
Silva, P. C. G.; Sousa, A. P. S. Língua e Sociedade: influências mútuas no processo de construção sociocultural. Revista Educação e Emancipação, São Luís, v. 10, n. 3, p. 260-285, set./dez. 2017.
Soares, J. L. Os termos da pesca na vila dos pescadores de Ajuruteua (Bragança-PA): uma abordagem socioterminológica. 2017. Dissertação (Mestrado em Linguagens e Saberes na Amazônia) – Universidade Federal do Pará, Bragança, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Joana d’Arc Vasconcelos Neves, Ewely Weny de Sousa e Sousa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Manuscritos aceitos e publicados são de propriedade dos autores com gestão da Ibero-American Journal of Studies in Education. É proibida a submissão total ou parcial do manuscrito a qualquer outro periódico. A responsabilidade pelo conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores. A tradução para outro idioma é proibida sem a permissão por escrito do Editor ouvido pelo Comitê Editorial Científico.

