Medicalização da aprendizagem e resiliência: significações produzidas na escola
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.unesp.v13.n4.out/dez.2018.10190Palavras-chave:
Resiliência, Teoria bioecológica do desenvolvimento Humano, TDAH, Medicalização da aprendizagem, Ritalina.Resumo
O artigo discute a promoção de resiliência a partir da análise das significações produzidas no contexto de alunos diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) que fazem uso do Cloridrato de Metilfenidato. O modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano foi adotado como aporte teórico-metodológico. A pesquisa optou pela abordagem qualitativa de cunho descritivo-interpretativo e contou com a participação de 40 pessoas, a saber: profissionais da saúde (1 neuropediatra, 1 psicólogo); profissionais da educação (5 pedagogos, 11 professores); 10 alunos e 12 familiares. Os dados foram coletados mediante entrevista no contexto de seis escolas municipais de uma cidade norte-paranaense. Os resultados indicaram a necessidade de repensar as práticas avaliativas correntes e revelaram que o processo diagnóstico é demarcado por fatores de risco e de proteção, os quais afetam o processo de aprendizagem escolar. Os dados permitiram inferir que a promoção da resiliência, nesta situação, pode resultar no estabelecimento de redes protetivas, maior inter-relação entre os profissionais de saúde e educação e suporte efetivo aos familiares e alunos usuários do medicamento. Esse contexto resultaria em condições mais favoráveis à vinculação do aluno à escola e a mudanças positivas no processo de aprendizagem escolar dos alunos diagnosticados com TDAH.
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