Diversidade cultural, alteridade e vida: o cinema para pensar atos de currículo nos espaçostempos de aprendizagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v15i2.12544

Palavras-chave:

Cinema, Atos de currículo, Diversidade cultural, Alteridade.

Resumo

Na contemporaneidade, o digital em rede vem alterando, cada vez mais, processos de comunicação, de sociabilidade, de educação e aprendizagem, convidando-nos a pensar de que forma o cinema, como objeto sociocultural e dispositivo de aprendizagem, pode possibilitar momentos de reflexão, análise e criação. Alinhadas à abordagem dos cotidianos escolares (CERTEAU, 2013; ALVES, 2008) e aos princípios da pesquisa-formação multirreferencial (SANTOS, 2014), neste artigo, as autoras, à luz do filme argentino "Um conto chinês", criam atos de currículo, favorecendo práticas pedagógicas que relacionam o conhecimento científico ao conhecimento comum, e contemplam a diversidade cultural, o diálogo e a alteridade. Assim, e dando oportunidade para desenvolver novas visões do mundo, entrelaçam arte e educação em uma pesquisa-formação realizada no âmbito da disciplina "Cotidianos e currículos", no Curso de Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, durante o curso de doutorado, de 2015-16, que contou com 34 estudantes. Como resultado dessa experiência, obtêm diferentes narrativas de futuros professores que mostram o poder do cinema para pensar o cotidiano escolar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mirian Maia do Amaral, FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

Professora dos Cursos MBA do Programa FGV Mangement/FGV

Tania Lucía Maddalena, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Profesora en el Máster de Formación del Profesorado de Educación Secundaria, Formación Profesional y Enseñanza de Lenguas

Edméa Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Professora Titular Livre do Programa de Pósgraduação em Educação

Referências

ALVES, N. Decifrando o pergaminho: os cotidianos das escolas nas lógicas das redes cotidianas. In: Oliveira, Inês. B.; Alves, Nilda (Orgs.). Pesquisa nos/dos/com os cotidianos das escolas. Petrópolis: DP et Alii, 2008, p. 15-38.

ALVES, L. R. G.; NEVES, B. N.; PAZ, T. S. Constituição do currículo multireferencial na cultura da mobilidade. Revista de currículo eletrônico. São Paulo, v. 2, n. 12, maio/out. 2014 Disponível em: http://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum. Acesso em: 15 maio 2018.

AMARAL, M. M.; BOHADANA, E. Conectividade e mobilidade social: pilares da inclusão digital? Contemporânea, v. 6, n. 2, p. 1-21, dez. 2008.

ARDOÍNO, J. Pesquisa multireferencial (plural) de situações de ensino e treinamento. In: Barbosa, Joaquim. G. (coord.) Multireferencialidade em ciências sociais e educação. São Carlos: UFScar, 1998.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Trad. Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BERGALA, A. A hipótese-cinema: pequeno tratado de transmissão do cinema dentro e fora da escola. Rio de Janeiro: Booklink e CINEAD/UFRJ, 2008.

CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 2013.

FRESQUET, A. Cinema e educação: reflexões e experiências com professores e estudantes de educação básica, dentro e “fora” da escola. Belo Horizonte: Autêntica (Coleção Alteridade e Criação), 2013.

JOSSO, M. C. Experiências de vida e treinamento. São Paulo: Cortez, 2004.

LARROSA, J. Prologue: uma experiência sensível com a linguagem. In: Kliar, C. Experiências com a palavra: notas sobre linguagem e diferença. Rio de Janeiro: Wak, 2012.

MACEDO, R. S. Critical Ethnoresearch e Ethnoresearch-training. Brasília: Liberlivro, 2006.

MACEDO, R. S. C. Multirreferencialidade: o pensar de Jacques Ardoino em perspectiva e a problemática da formação. In: Macedo, R. S. C.; Barbosa, J. G.; Borba, S. (Orgs). Jacques Ardoino & a educação. Belo Horizonte: Autêntica (Coleção Pensadores @ Educação), 2012. Disponível em: https://formacce.ufba.br/jacques-ardoino-educacao. Acesso em: 14 maio 2018

McLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensão do homem. São Paulo: Cultrix, 1964.

NOVOA, A. Prefácio. In: Josso, M. C. Experiências de vida e treinamento. São Paulo: Cortez, 2004, p. 11-34.

OSÓRIO, E. M. R. (Org.). Bakhtin na prática: leituras do mundo. San Carlos: Pedro e João, 2008.

PONCE PINEAU, G. A. Auto-treinamento no curso da vida: entre hetero e eco-treinamento. In: Nóvoa, A.; Finger, M. (orgs.). O método biográfico (auto) e treinamento. Lisboa: Ministério da Saúde, 1988, p. 65-77.

SANTAELLA, L. A ecologia pluralista da comunicação: conectividade, mobilidade, onipresença. São Paulo: Paulus, 2010.

SANTOS, E. As imagens e a educação online: convergências entre o cinema e os fóruns de discussão no contexto de uma pesquisa-formação multirreferencial. In: Berino, A.; Soares, S, Conceição. (Orgs.). Educação e imagens: instituições escolares, mídias e contemporaneidade. Rio de Janeiro: DP et Alii, v. 1, p. 105-24, 2010.

SANTOS, E; OKADA, A. A imagem no currículo: da crítica à mídia de massa a ações de autorias dialógicas na prática pedagógica. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade. Salvador, v. 12, n. 20, p. 287-97, jul./dez. 2003.

SPINK, M. J.; BRIGADÃO, J.; NASCIMENTO, V.; CORDEIRO, M. (Org.). A produção de informação em pesquisa social: compartilhando ferramentas. Rio de Janeiro: Edelstein Center for Social Research, 2014 (publicação virtual).

THIOLLENT, M. Metodologia de pesquisa-ação. São Paulo: Cortez Autores Associados, 1986. Disponível em https://marcosfabionuva.files.wordpress.com/2018/08/7-metodologia-da-pesquisa-ac3a7c3a3o.pdf. Acesso em: 17 nov. 2018.

XAVIER, G. M.; CANEN, A. Multiculturalismo e educação inclusiva: contribuições da universidade para a formação continuada de professores de escolas públicas no Rio de Janeiro. Pro-posições, v. 19, n. 3, p. 225-42, set./dez.2008.

Publicado

20/02/2020

Como Citar

AMARAL, M. M. do; MADDALENA, T. L.; SANTOS, E. Diversidade cultural, alteridade e vida: o cinema para pensar atos de currículo nos espaçostempos de aprendizagem. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 2, p. 650–666, 2020. DOI: 10.21723/riaee.v15i2.12544. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12544. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos