A interferência do banco mundial no ensino secundário brasileiro: experiências históricas e desafios atuais
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v14iesp.3.12757Palavras-chave:
Ensino médio, Reforma-contrarreforma, Banco Mundial, Privatização educacional.Resumo
O texto objetiva analisar as interferências no ensino médio em relação às parcerias estabelecidas entre os governos brasileiros com o Banco Mundial. Sua escrita foi motivada pelas ações de contrarreforma do ensino médio adotadas pelo governo Temer (2016-2018) e o anúncio do financiamento do Banco na sua implantação. O texto foi desenvolvido no interior de uma rede de pesquisa a partir da análise de documentos primários produzidos pelo Ministério da Educação em suas parcerias com o Bird, no período da ditadura militar. São analisados documentos do período das contrarreformas do ensino médio realizadas pelo governo Cardoso (1995-2002) e pelo governo atual. Nossa intenção não é fornecer descrições e explicações exaustivas sobre as parcerias que envolvem as contrarreformas do ensino médio, mas construir hipóteses sugestivas e oferecer algumas conclusões provisórias, já que nesse momento não é possível obter um diagnóstico completo da nova parceria anunciada pelo governo brasileiro com o BIRD.Downloads
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