Escolaridade feminina e a sua importância na escolha voluntária da fecundidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v15i4.13182

Palavras-chave:

Fecundidade, Educação, Desigualdade de gênero, Políticas populacionais, Desenvolvimento socioeconômico.

Resumo

A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento das Nações Unidas (CIPD) de 1994 identificou a centralidade da defesa dos direitos reprodutivos e a importância de se garantir a realização de escolhas reprodutivas voluntárias (UNFPA, 2019). O presente artigo apresenta uma revisão sobre os principais modelos teóricos de demanda por filhos e, avaliando a contrapartida empírica desses modelos em uma base de dados internacional, aponta as principais variáveis socioeconômicas determinantes da fecundidade. Esse estudo mostra que a escolaridade feminina é a variável socioeconômica mais importante para explicar o número de filhos por mulher, visto que o aumento da educação feminina pode expandir o acesso à informação sobre os métodos contraceptivos, melhorar as oportunidades de emprego e “empoderar” as mulheres na defesa de suas escolhas sexuais e reprodutivas.

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Biografia do Autor

Natalia Dus Poiatti, Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI-USP), São Paulo – SP

Professora Doutora no Instituto de Relações Internacionais da USP desde 2014. Tem sólida experiência em ensino e pesquisa, tendo atuado como Research Scholar na Yale University e assistente de ensino e pesquisa na London Business School entre 2009 e 2012.

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Publicado

27/02/2020

Como Citar

DUS POIATTI, N. Escolaridade feminina e a sua importância na escolha voluntária da fecundidade. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 4, p. 1786–1798, 2020. DOI: 10.21723/riaee.v15i4.13182. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/13182. Acesso em: 24 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos