A brincança dos Embelêcos: vozes políticas e epistemológicas dos subalternos
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp3.14455Palavras-chave:
Educação, Saberes, Tradição oral, EmbelêcosResumo
Esse texto apresenta a brincança dos Embelêcos de Moita Bonita-SE como uma prática cultural que, na perspectiva dos brincantes, é subversiva e revolucionária. Inspiradas pela perspectiva do conhecimento pós-colonial que nos possibilita compreender que os subalternos só poderão falar quando falarem em sua própria língua, com seus sistemas explicativos, em sua própria cultura, propomos pensar sobre o impacto da invisibilização sistemática e naturalizada pelo colonialismo acadêmico em relação aos saberes da tradição oral. Para tanto, procedemos pela escuta profunda das narrativas dos mestres griôs. Estes, ao dizer o não-dito, provocam um descentramento da cultura tida de referência, produzindo efeitos epistemológicos de consequências políticas; portanto, um espaço de enunciação da voz dos subalternos e um lugar de resistência política.
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