Afrodescendência e metodologias inventivas para implementação da lei n 10.639/03 na escola: a criação de jovens da pedagogia
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v16i2.14663Palavras-chave:
Afrodescendência, Escola, Metodologias inventivas, Lei 10.639/03, Formação Inicial, Marcadores AfrorreferenciadosResumo
Este artigo problematiza a afrodescendência na escola, com graduandos/as da formação inicial em Pedagogia, propiciando a criação de metodologias sensíveis para a discussão e implementação da Lei nº 10.639/03, reconhecendo e valorizando a cultura de crianças, adolescentes e jovens negras, por meio das suas escritas de si e de marcadores afrorreferenciados, reconhecendo-os e integrando-os de modo participativo na escola. Utiliza o método híbrido do Círculo de Cultura Sociopoético, com destaque para a potência do uso da arte e do corpo na criação coletiva do conhecimento e das seguintes metodologias: 1. Autorreconhecimento que mostra como problema o trabalho individual e solitário do/a professor/a e a necessidade coletiva e comunitária de uma ética ubuntu; e 2. hashtag Angú da Luta (#angudaluta) que destaca a luta coletiva e o amor nos enfrentamentos do racismo e nos modos de sentir-pensar-agir a existência viva infanto-juvenil, como contribuição para a implementação da Lei no espaço escolar.
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