Políticas de educação, tecnologia e inovação
Contribuições para uso emancipatório das tecnologias
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.15876Palavras-chave:
Tecnologia e Inovação, Políticas e Educação, Abordagem SociotécnicaResumo
O objetivo do texto é tecer uma discussão teórica à luz de referenciais sobre estudos relacionados a políticas de educação, tecnologia e inovação, no sentido de apreender elementos que demarquem possibilidades para o uso emancipatório das tecnologias na educação. O estudo foi fundamentado na perspectiva filosófica do materialismo-dialético; quanto ao método, pautando-se na pesquisa bibliográfica. Foi possível compreender, entre outras questões, que se faz necessário políticas e ações educativas que caminhem na contramão dos ideais impostos apenas pelo sistema capitalista, de modo a se obter a construção e consolidação de uma educação mais crítica, emancipadora, a qual pode estar fundamentada na perspectiva da utilização de tecnologias como forças produtivas de modo solidário.
Downloads
Referências
ANTUNES, R. Adeus ao Trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez, 1995.
ANTUNES, R. O privilégio da escravidão: o novo proletariado de serviço na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.
BRASIL. Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004. Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm. Acesso em: 08 maio 2021.
BRASIL Lei n. 13.243, DE 11 de janeiro de 2016. Dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação e altera a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004 [...]. Brasília, DF: Presidência da República, 2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13243.htm. Acesso em: 26 jun. 2021.
BRASIL. Programa de Inovação Educação Conectada. Brasília, DF: MEC, SEB, 2017. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/novembro-2017-pdf/77471-diretrizes-e-criterios-do-programa-de-inovacao-educacao-conectada-pdf/file. Acesso em: 08 mar. 2021.
CRUZ, J. R.; LIMA, D. C. B. P. Trajetória da educação a distância no Brasil: políticas, programas e ações nos últimos 40 anos. Jornal de Políticas Educacionais, v. 13, n. 13, p. 1-19, 2019. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/jpe/article/view/64564. Acesso em: 10 ago. 2021.
DAGNINO. R. Em direção a uma teoria crítica da tecnologia. In: DAGNINO, R. Tecnologia Social: contribuições conceituais e metodológicas. Campina Grande: EDUEPB, 2014. p. 113-152. Disponível em: http://books.scielo.org/id/7hbdt/pdf/dagnino-9788578793272-07.pdf. Acesso em: 05 fev. 2021.
DAGNINO. R. Tecnociência solidária. Um manual estratégico. Marília: Lutas Anticapital, 2019.
DAL ROSSO, S. Mais trabalho!: a intensificação do labor na sociedade contemporânea. São Paulo: Boitempo, 2008.
DUARTE, N. Sociedade do Conhecimento ou Sociedade das Ilusões? Campinas, SP: Autores Associados, 2008.
ECHALAR, J. D.; LIMA, D. C. B. P. Um panorama das pesquisas sobre políticas públicas para a inserção de tecnologias digitais na educação. Imagens da Educação, v. 8, n. 1, p. 1-17, 2018. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/40283 Acesso em: 07 jun.2020.
ECHALAR, A. D. L. F.; SOUSA, D. R.; FILHO, M. A. Fundamentos Teóricos e Epistemológicos da Pesquisa. In: ECHALAR, J. D.; PEIXOTO, J.; FILHO, M. A. A. Trajetórias: apropriação de tecnologias por professores da educação básica pública. Ijuí: Editora Unijuí, 2020. 112 p.
ECHALAR, J. D., LIMA, D. C. B. P.; OLIVEIRA, J. F. Plano Nacional de Educação (2014–2024) – O uso da inovação como subsídio estratégico para a Educação Superior. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 28, n. 109, p. 863-884, out./dez. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ensaio/v28n109/1809-4465-ensaio-S0104-40362020002802143.pdf. Acesso em: 01 mar. 2021
FEENBERG, A. A fábrica ou a cidade: qual o modelo de educação a distância via web? In: NEDER, R. (org.). A teoria crítica de Andrew Feenberg: racionalização democrática, poder e tecnologia. Brasília: Observatório do Movimento Social na América Latina/CDS/UnB/Capes, 2010, p. 182-199.
FIORIN, J. L. Linguagem e Ideologia. São Paulo: Ática, 2007
HEINSFELD, B. D.; PISCHETOLA, M. O discurso sobre tecnologias nas políticas públicas em educação. Educ. Pesqui. São Paulo, v. 45, e205167, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022019000100563&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 07 jul. 2020.
LIMA, V. A. Mídia, Teoria e Política. 2. ed. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004.
MALLMANN, E. M.; SCHNEIDER, D. R. Políticas públicas, tecnologias educacionais e Recursos Educacionais Abertos (REA). Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. esp. 2, p. 1113–1130, 2021. DOI: 10.21723/riaee.v16iesp2.15118. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/15118. Acesso em: 18 nov. 2021.
MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia. Dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.
MARX, K.; ENGELS, F. Ideologia alemã: Feurbach. 2. ed. Tradução: José Carlos Bruni, Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Hucitec, 1986.
MARX, K. Manuscritos Econômico-Filosóficos. São Paulo: Martin Claret, 2001.
PARO, V. H. Implicações do caráter político da educação para a administração da
escola pública. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 28, n. 2, p. 11-23, jul./dez. 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/TdvrjFR7CfYwx9w3M3Mwqkg/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 13 jul. 2021.
PEIXOTO, J. Tecnologia e mediação pedagógica: perspectivas investigativas. In: KASSAR, M. C. M.; SILVA, F. C. T. (org.). Educação e pesquisa no Centro-Oeste: políticas públicas e formação humana. Campo Grande: UFMS, 2012. p. 283-294,
PEIXOTO, J. Relações entre sujeitos sociais e objetos técnicos: uma reflexão necessária para investigar os processos educativos mediados por tecnologias. Revista Brasileira de Educação. v. 20, n. 61, p. 317- 332, abr./jun. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbedu/v20n61/1413-2478-rbedu-20-61-0317.pdf. Acesso em: 01 maio 2021.
PEIXOTO, J.; ECHALAR, A. D. L. F. Tensões que marcam a inclusão digital por meio da educação no contexto de políticas neoliberais. Educativa, Goiânia, v. 20, n. 3, p. 507-526, set./dez. 2017. Disponível em: http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/educativa/article/view/6836/3809 Acesso em: 01 jan. 2021.
SAVIANI, D. Sobre a concepção de politecnia. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1989.
SAVIANI, D. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In: FERRETI, C. et al. (org.) Novas Tecnologias, Trabalho e Educação. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 147-164.
SAVIANI, D. Educação Socialista, Pedagogia Histórico-Crítica e os Desafios da Sociedade de Classes. In: SAVIANI, D.; LOMBARDI, J. C. (org.). Marxismo e Educação: debates contemporâneos. Campinas: Autores Associados, 2005. p. 223-274.
SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2007.
SAVIANI, D. Vicissitudes e perspectivas do direito à educação no Brasil: abordagem histórica e situação atual. Educação & Sociedade On-line, Campinas, v. 34, n. 124, p. 743-760, jul./set. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302013000300006. Acesso em: 01 jan. 2021.
SOUZA, R. A.; MORAES, R. A. A educação a distância como princípio educativo: Possibilidades e/ou limites. EmRede - Revista de Educação a Distância, v. 5, n. 3, p. 460-471, 2018. Disponível em: https://www.aunirede.org.br/revista/index.php/emrede/article/view/365. Acesso em: 15 out. 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Raquel Aparecida Souza, Raquel de Almeida Moraes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Manuscritos aceitos e publicados são de propriedade dos autores com gestão da Ibero-American Journal of Studies in Education. É proibida a submissão total ou parcial do manuscrito a qualquer outro periódico. A responsabilidade pelo conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores. A tradução para outro idioma é proibida sem a permissão por escrito do Editor ouvido pelo Comitê Editorial Científico.