Educações no contexto das bandas de pífanos e do Candomblé
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16764Palavras-chave:
Bande de pífanos, Candomblé, Decolonialidade, EducaçãoResumo
Este trabalho objetiva discutir as práticas educativas no contexto das bandas de pífanos e do candomblé. O tema vincula-se às pesquisas que ora desenvolvemos no curso de doutorado em educação da Universidade Federal de Sergipe. Esta escrita toma como referências as narrativas do pifeiro Vanildo Franco e do babalorixá Walter Ti’Ogun, partindo do entendimento de que não é somente na escola que se apreende, pois concordamos que a educação acontece também fora dela. Trata-se de um trabalho de abordagem qualitativa, com o suporte da história oral por meio de entrevistas semiestruturadas. A discussão realizada está referenciada em estudos decoloniais, numa perspectiva crítica que encanta e liberta. Como resultados, percebemos que nos processos educativos analisados a curiosidade, a observação, a repetição, a brincadeira e o afeto são as principais categorias que promovem encantamento nos pifeiros e nos candomblecistas.
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